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26/08/2020 09:30

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Aos 121 anos, Campo Grande viu o melhor de seu povo em meio à dor da pandemia

Apesar dos comportamentos bizarros, houve solidariedade e amor ao próximo

Campo Grande viveu um de seus maiores desafios em 121 anos de história: as incertezas de uma doença ainda desconhecida e mortal. Mas foi nesse momento que a cidade viu a solidariedade de seu povo aflorar. Foram inúmeras as ações de amor, entrega e fé, como o círculo de oração feito no entorno do Hospital Regional, em favor de um pastor internado. 

A necessidade do isolamento social fez a 14 de Julho parecer uma cidade fantasma. Era meados de março. Uma sirene assustadora de viaturas da polícia ecoava pelas ruas vazias durante a noite e levava pânico a muita gente. As mortes em massa na Itália contribuíam para o cenário de pavor.    

Mas foi aí que o campo-grandense, com pequenas e grandes ações, se mostrou de fato. Atitudes como a de comprar comida e outros itens para que idosos, que são grupo de risco, não precisassem se expor à doença, foi um belo exemplo de amor ao próximo.

Costureiras independentes e outros membros de ONGs e igrejas botaram a mão na massa. Ou melhor, na máquina de costura e ajudaram a produzir máscaras de proteção, o equipamento mais usado para evitar a contaminação pela covid-19. Esse ato das costureiras pode parecer algo irrelevante nos dias de hoje, mas no início da pandemia foi fundamental, já que evitou que a população comprasse máscaras no mercado e causasse desabastecimento para os profissionais de saúde nos hospitais. 

Aplausos

Ainda em março, moradores de três prédios do condomínio Vitalitá, em Campo Grande, promoveram uma cena igualmente emocionante. Foram para as sacadas dos apartamentos e rezaram um Pai Nosso em alto e bom som, em homenagem aos profissionais da saúde, que lutavam contra a doença. Ao final da reza, uma salva de palmas longa e profundamente comovente. 

PM

Na Santa Casa, policiais militares do 1º Batalhão foram até o pátio do hospital, onde prestaram continência e aplaudiram os profissionais de saúde que estão na linha de frente da covid-19. Como não podiam deixar seus postos, médicos e enfermeiros olharam da sacada e responderam com acenos e fotos do celular. 


PMs homenagearam profissionais que lutam contra a covid. (Foto: Reprodução Santa Casa)

Clamor e fé

Por cerca de uma semana, no comecinho do mês de agosto, fieis de uma igreja evangélica da Capital fizeram uma vigília e um círculo de oração em favor de seu líder, o apóstolo Edilson Vicente, internado em estado grave com a covid-19. 

No local, centenas de pessoas caminharam por todo o entorno do Hospital Regional, clamando a Deus pela cura de Vicente. Conforme se pode ver no vídeo - ao final da matéria - foi uma das maiores manifestações de fé da história da cidade. A emoção ficou a flor da pele, com fieis ajoelhados e outros abraçados, abençoando cada ambulância que entrava no hospital e pedindo a intercessão divida por cada paciente internado. Infelizmente, o apostolo Vicente não resistiu à doença. 

A solidariedade e ação assertiva de autoridades e entidades como o Ministério Público e Defensoria Pública parecem ter dado resultado. Apesar da dor de muitas famílias, Campo Grande é a capital com menor número de mortes no País. 

Parabéns Campo Grande pelos seus 121 anos! 

 

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