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12/09/2016 16:18

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Em crescimento, Campo Grande é palco de sonhos realizados e decepções antigas para moradores

IBGE aponta aumento populacional de 77 mil pessoas; esperança e violência se misturam em bairros novos

Campo Grande está com um aumento de mais de 77 mil novos habitantes, como mostra o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2016 em relação ao último, divulgado em 2010. Com o aumento da população, sucessivamente a cidade vai se expandindo e, juntamente com os novos moradores, novos bairros estão surgindo com o passar dos anos.

Mais especificamente, conforme aponta a pesquisa de 2016, a Capital de Mato Grosso do Sul está com 863.982, já em 2010 o número de pessoas que moravam na Cidade Morena era de 786.797.

Quando se anda por Campo Grande não é tão difícil encontrar novos bairros na Capital, um exemplo é o Leon Denizart Conte, localizado próximo ao Jardim Noroeste. Lugar novo, mas que abriga sonhos antigos, entre eles, a realização da casa própria.

A aposentada Geraldina Cordeiro, de 73 anos, se recorda bem quando recebeu a chave da tão sonhada residência. Para ela, sair do aluguel era algo fora da realidade. Nascida no Paraná, a idosa explica que já passou por vários outros lugares do Brasil, como Rondônia e Rio Grande do Sul, tudo em busca de uma vida melhor, mas foi em Campo Grande que ela decidiu passar sua velhice em paz.

"Há muitos anos, passei uma temporada por aqui por causa da minha irmã, depois disso fui para outros estados, mas aquela vontade de viver em Campo Grande nunca saiu de mim e depois de um tempo voltei para morar", disse a aposentada.

Mas junto com o aumento da população, também cresce a violência e os bairros que necessitam melhorias. Ainda usando o Leon Denizart Conte como exemplo, quem mora no local, apesar de feliz com a casa própria, ao mesmo tempo reclama da violência e do abandono do Poder Público.

Falta de iluminação pública, segurança e ruas sem asfalto são apenas poucos exemplos dos problemas dos moradores do bairro. Segundo eles, as vias da região estão tão precárias que nem ônibus estão conseguindo trafegar.

Outra parte da população diz que a onda de furtos na região está deixando os moradores da região em pânico. De acordo com a população, basta sair e deixar a casa sozinha para os ladrões tomarem conta.

"É um absurdo, pois trabalho o dia todo para conquistar as minhas coisas, vem alguém e leva o que compro com o meu suor? Quando mudei aqui, fiquei sabendo da fama do lugar e fazia o possível para não sair de casa com medo de me roubarem, mas preciso trabalhar e quando estou no serviço, ninguém fica em casa, aí que eles aproveitam a situação", disse uma moradora, bastante revoltada.

Outra idosa de 79 anos disse que, nesta semana, estava em um ponto de ônibus coletivo, quando um adolescente de aproximadamente 13 anos tentou roubar a bolsa que carregava. A mulher negou entregar o objeto foi agredida fisicamente pelo adolescente.

"Estava indo na casa da minha irmã, quando senti o menino puxar a minha bolsa, revidei e não deixei, dizendo para ele ir embora que não iria me roubar. O guri me deu um tapa no rosto, fiquei meio desnorteada no momento e ele acabou levando minha bolsa, com meus documentos e o dinheiro da minha aposentadoria", lamentou a idosa.

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