Foi dada a largada. A tocha olímpica realiza três meses de viagem por 335 regiões no Brasil, em um revezamento que começou em 3 de maio, em Brasília. Em Mato Grosso do Sul, a previsão de chegada é dia 25 de junho, mas e a expectativa? A maioria dos campo-grandenses não está nada otimista e ‘chovem’ críticas por causa dos problemas na administração pública.

O Comitê dos Jogos Olímpicos decidiu que a tocha vai percorrer um total de 40 km pelas principais ruas da Capital. “Ao invés de tocha, tinha é que passar posto de saúde, mais segurança... É um bando de tonto correndo atrás de uma tocha enquanto o provo precisa de um bando de coisa, passa necessidades”, desabafou uma comerciante da Ruy Barbosa, um dos trechos onde fará parte do percurso, Adna Aparecida Couto, de 37 anos.  

A Spipe Calarge é outra via que deverá receber os corredores. O asfalto da rua é considerado bom, em vista dos demais. “No trajeto só vejo buracos. Em frente ao posto de saúde do Pedrossian está horrível, é cada buraco no Tiradentes. A tocha deve passar aqui porque até que está bom”, destacou o açougueiro Silvério Gonçalves Duarte, de 60 anos.

A funcionária de um supermercado também compartilha a opinião sobre o descuido da administração pública. “Nunca vi a cidade assim, parece abandonada. Muitos buracos que estragam veículos e causam acidentes”, enfatizou Nice Pereira da Vera, de 40 anos, dizendo que não muda nada o fato da tocha passar pela Capital.  

Há ainda alguns otimistas que pensam que o evento pode até contribuir para fomentar os negócios. “Acho legal a tocha passar aqui, mas nem estava sabendo disso”, disse a funcionária Regina de Oliveira Maciel, de 30 anos, que trabalha em um estabelecimento comercial localizado na Rua Ruy Barbosa.

Já o administrador e morador no Bairro Amambaí contou que a tocha não trará nenhum benefício à cidade, sendo apenas uma forma de enganação. “Esses buracos aqui na Ruy Barbosa estão horríveis, pela cidade toda só tem buraco. Tenho certeza que não vão passar por aqui. Devem ir para a Afonso Pena, ou outros locais em que não há problemas tão evidentes. Eles vão tentar disfarçar e fingir que está tudo bem na cidade”, contou.

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