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07/05/2021 07:15

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Adolescente envia carta a vizinhos contando ser agredido pelo pai por ser gay

O agressor negou à Polícia Civil que o motivo da agressão tenha sido a orientação sexual do menino

Adolescente de 14 anos escreveu uma carta contando aos vizinhos que era agredido pelo pai por ser homossexual, em Jataí no sudoeste goiano. 

Após o pedido de socorro, os moradores gravaram o momento em que o homem bate no filho e enviaram o áudio à polícia. 

O menino escreveu ainda que o pai teria quebrado seu celular, mas que não desistiria de pedir ajuda.

“Já sentiu a sensação de que você não presta para ninguém? Estou sentindo isso. Está doendo muito aqui dentro. Me ajuda, por favor. Não aguento mais. Estou no maior desespero da minha vida”, escreveu.

O agressor negou à Polícia Civil que o motivo da agressão tenha sido a orientação sexual do menino.

“Ele disse que não se importa, que aceita e já tinha conversado com o adolescente, mas o pegou acessando vídeos pornográficos pelo celular e não controlou a raiva”, disse a delegada responsável pelo caso, Paula Daniela Ruza, em entrevista ao G1.

De acordo com a investigadora, policiais foram até o local após denúncia anônima na última quarta-feira (5) e confirmaram que o menino tinha escoriações pelo corpo. 

Ainda segundo o site, uma vizinha, que preferiu não se identificar, disse que sempre ouvia os gritos do menino. “A gente o escutava gritando. Pedindo socorro. Para a gente que é mãe, é difícil ver uma situação dessa”.

A mãe falou à polícia Civil que estava ciente das agressões porque o menino “tem tendência à homossexualidade”. Além dos pais e do menino, duas irmãs mais novas do adolescente estavam na casa no momento da briga.

O homem, que não tinha passagens pela polícia, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e foi liberado. A delegada diz que o próximo passo da investigação é ouvir os vizinhos e analisar o conteúdo da carta.

Segundo a investigadora, após a investigação, ele poderá responder por lesão corporal, ameaça e violência doméstica. Questionada se o ato se enquadra como conduta homofóbica, que é igualada ao crime de racismo no Código Penal Brasileiro, Paula afirma que ainda é cedo para confirmar.
 

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