Após assembleia nesta noite de segunda-feira (13), os funcionários contratados por meio de convênio para trabalharem em Centros de Educação Infantil (Ceinfs) de Campo Grande retomaram o atendimento nesta terça-feira (13).
O movimento no decorrer da manhã de hoje esta voltando à rotina, mas alguns pais acabaram não levando seus filhos às creches, com receio da paralisação não ter chegado ao fim. O secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, chegou a anunciar a contratação de 150 funcionários concursados durante as manifestações de ontem (12), com isso, os terceirizados acabaram cedendo.
Apesar do pedido de reajuste ser de 20%, os terceirizados indicaram que, por enquanto, aceitariam os 8% oferecido pelo prefeito, caso a jornada fosse reduzida para 6h. O prefeito da Capital, Gilmar Olarte solicitou para os servidores voltarem ao trabalho que ele iria avaliar o pedido. Também prometeu que dentro de dez dias voltaria a conversar com a categoria.
A presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul (Senalba/MS), Maria Joana, informou que 90% dos Ceinfs fecharam ontem, e 10% dos que estavam abertos funcionaram de forma parcial.
Ainda, segundo Maria Joana, atualmente 96 Ceinfs atendem 21,8 mil crianças em Campo Grande e cerca de 2,5 mil funcionários são contratados por meio de convênios.
Compreenda
Os trabalhadores que paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (12) e estavam fazendo manifestações são contratados por meio de convênio entre a Omep (Organização Mundial para a Eduação Pré-Escolar), Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) e Prefeitura Municipal.
Com a intenção de não deixar as crianças desassistidas, os responsáveis pela contratação de terceirizados para Ceinfs foram notificados extrajudicialmente pela Prefeitura de Campo Grande, nesta segunda-feira (12). A notificação é endereçada à OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-escolar).
Um dos motivos que fez os servidores voltarem às atividades é porque a Prefeitura notificou as entidades conveniadas, que devem designar seus trabalhadores retornar as suas unidades em prazo improrrogável de 24 horas, sob pena de imediata rescisão do convênio, firmado com a Prefeitura em dezembro de 2013, onde determina a rescisão por inexecução dos serviços constantes do Plano de Trabalho.