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21/12/2018 12:28

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Ataque na Catedral: atirador planejava chacina desde 2008 e treinava com a arma em casa

Informação foi divulgada pela Polícia Civil de Campinas (SP) nesta sexta (21). IC realizou nova perícia no local da chacina.

A Polícia Civil de Campinas (SP) divulgou nesta sexta-feira (21) que o atirador que matou cinco pessoas na Catedral, feriu outras três e depois se suicidou previa o crime desde 2008. As informações estão em novos trechos do diário apreendido na casa de Euler Fernando Grandolpho. Os investigadores descobriram ainda que ele tinha a pistola usada no crime há pelo menos dois anos, e há registros dele "treinando" com a arma.

Segundo a Polícia Civil, foi possível descobrir a numeração da pistola, uma CZ 9mm. Não havia registro da arma no Exército brasileiro, o que reforça a tese de que a arma teria sido comprada no Paraguai.

No trecho revelado pela Polícia Civil nesta sexta, Euler escreve, no dia 10 de setembro de 2016, que a chacina estava programada desde 2008: "A chacina está programada desde fim de 2008 quando tinha (eu) mais consciência dos valores e me perguntava: "o que estas aberrações estão fazendo?''

De acordo com o delegado José Henrique Ventura, diretor do Deinter-2, a Polícia Civil concluiu, com as informações obtidas no diário, fotos e gravações de áudio, que Euler "planejava o ataque há muito tempo e sozinho".

Segundo Ventura, a Polícia Civil entende que a motivação do crime está clara: o atirador queria "chamar atenção do estado para as perseguições que, na cabeça dele, ele sofria".

Relembre o ataque

Euler Fernando Grandolpho entrou na Catedral, abriu fogo contra fiéis no encerramento da missa, matou cinco pessoas e em seguida cometeu suicídio. Outras três ficaram feridas.

Entre as vítimas, quatro morreram no local. Heleno Severo Alves, 84 anos, foi socorrido ao Hospital Mário Gatti, onde passou por cirurgia, mas não resistiu e teve óbito confirmado no dia seguinte.

Segundo a polícia, o atirador fez tratamento contra depressão e a família temia que ele cometesse suicídio. Ele não tinha antecedentes criminais, estudou publicidade e propaganda e foi assistente de promotoria no Ministério Público de São Paulo onde, segundo o órgão, exonerou-se em 2014.

No dia 14, a polícia divulgou novos trechos do "diário" escrito pelo atirador, onde ele cita "massacre" e a vontade de "fazer algo grande". Além disso, delegados do caso afirmaram que ele preparava um arsenal, após apreensão de munições e quatro carregadores no quarto dele.

Entre as hipóteses apuradas para explicar o crime estão o fato de Euler ter tido uma espécie de surto psicótico em decorrência de depressão. Segundo parentes e testemunhas que conviviam com ele, o atirador tinha mania de perseguição e teve atritos com vizinhos.

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