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29/10/2018 12:44

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Bebê retirada da barriga da mãe e roubada recebe alta de hospital

Segundo o Conselho Tutelar, ela ficará com o pai de forma provisória até que um exame de DNA comprove a paternidade

Isadora Cristina foi o nome dado à bebê que foi retirada da barriga da mãe, Mara Cristina Ribeiro da Silva, em João Pinheiro, no Noroeste de Minas. A menina, que estava internada desde o nascimento em 15 de outubro, teve alta do Hospital São Lucas, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, neste fim de semana.

O tio dela contou que a sobrinha está com o pai e revelou que a família ficou insatisfeita com o fim das investigações. Segundo o Conselho Tutelar, a guarda da bebê é provisória até que o exame de DNA confirme a paternidade. A reportagem não conseguiu falar com a administração do hospital.

A criança havia sido roubada por Angelina Ferreira, de 40 anos, que matou a mãe depois de fazer o parto em uma área de reserva próxima à BR-040, em João Pinheiro. O crime foi descoberto depois que ela chegou ao hospital dizendo que a recém-nascida era dela. A mulher confessou o crime e está presa, juntamente com o marido.

Segundo o conselheiro tutelar André Pereira Lemos, o exame de DNA já está em andamento e o resultado deve sair ainda esta semana. "Se der positivo, a guarda legal será destinada ao pai. Se o DNA der negativo, a criança ficará com a família da mãe até que a Justiça decida o que será feito”, explicou.

Inquérito

No dia 25 de outubro, a Polícia Civil encerrou o inquérito do caso. De acordo com o delegado Anderson Rosa, Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos, foi indiciada pelos crimes de dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e homicídio qualificado pelo motivo fútil, meio cruel, à traição e mediante emboscada e ocultação de outro crime.

O marido de Angelina, que também está preso preventivamente, não foi indiciado, pois ficou indicado que ele não teria tido participação no crime. As investigações apontaram também que não houve participação de uma terceira pessoa.

O irmão da vítima, Cristiano Ribeiro, que disse estar insatisfeito com a investigação da polícia. "Nós nunca iremos acreditar que ela fez isso sozinha. Os cúmplices estão soltos e nós queremos justiça", relatou ele.

Cristiano também lamentou sobre a situação das sobrinhas. "Ainda está muito difícil para nós acreditarmos nisso tudo, acreditar que as meninas estão sem mãe, que nunca mais irão vê-la".

Relembre o crime

Segundo o Boletim de Ocorrência, Angelina Ferreira chegou com o marido e a recém-nascida na Santa Casa de João Pinheiro, no dia 15 de outubro, apresentando estar nervosa e alegando que havia acabado de dar à luz. Mas por estar caminhando normalmente e se recusar a fazer exames clínicos os funcionários desconfiaram e acionaram a PM.

No hospital, os militares colheram informações de pessoas presentes e ao conversarem com a mulher sobre o exame médico, ela acabou aceitando. Entretanto, durante o procedimento confessou que a recém-nascida não era filha dela, mas sim de uma outra pessoa, uma jovem de 23 anos que estava desaparecida.

Buscas foram feitas pela polícia e moradores e o corpo de Mara Cristina Ribeiro da Silva foi encontrado no início da tarde do dia 16 de outubro. Ela estava em uma área de reserva próxima à BR-040. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima estava amarrada pelo pescoço com um arame e tinha um corte na barriga, possivelmente feito para retirar o bebê.

Angelina Ferreira foi presa, juntamente com o marido. Em depoimento, confessou o crime e negou a participação de uma terceira pessoa no caso, conforme ela havia dito na primeira versão dos fatos. Contudo, segundo o delegado, pela forma como a vítima foi morta existe a possibilidade de haver outros envolvidos.

Dez dias após o crime, a Polícia Civil de João Pinheiro encerrou o inquérito e indiciou Angelina Ferreira por três crimes: homicídio qualificado, dar parto alheio como próprio e subtração de incapaz.

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