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12/12/2013 12:54

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Brasil deve ter recordes na exportação de carne bovina em 2014

Exportação

12/12/2013 às 12:54 |

Agência Brasil

A indústria de carne bovina do Brasil espera superar em 2014 o recorde de exportações atingido em 2007, prevendo um aumento de 20 por cento nos embarques no próximo ano na comparação com 2013, com o impulso da firme demanda externa e abertura de novos mercados, disse nesta quinta-feira o presidente da associação que reúne exportadores.

"Esperamos crescer e superar o recorde. Vai ser recorde nos dois, em volume e receita, com a expectativa de abertura de mercados, e um câmbio que deve nos favorecer", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora da Carne Bovina (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.

Em volume, os embarques do Brasil, maior exportador global de carne bovina, poderão somar 1,8 milhão de toneladas no ano que vem, contra 1,5 milhão de toneladas projetadas para 2013. Em 2007, último recorde do setor, o país embarcou 1,62 milhão de toneladas.

Para 2014, a expectativa do setor exportador é atingir 8 bilhões de dólares em embarques, em meio ao cenário favorável de disponibilidade de produtos para abastecer os principais mercados, enquanto os principais concorrentes do Brasil, como Estados Unidos e Austrália, passam por aperto na oferta de animais para o abate.

Segundo o executivo, o câmbio favorável também deverá ajudar o Brasil a manter competitividade e ampliar embarques no próximo ano.

Sobre novos mercados, a Abiec mencionou a Indonésia, Tailândia, China, Myamar, Omã e Estados Unidos, cujas negociações para abertura estão sendo realizadas. Dentre estes, o mais avançado em negociação é a Indonésia, que tem potencial para comprar entre 15 mil e 20 mil toneladas no ano.

A Abiec ressaltou que os embarques também ganham força com a solução de impasses referentes a embargos totais ou parciais por conta da descoberta em um animal morto com o agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), causador do mal da vaca louca, no final do ano passado, no Paraná.

Na ocasião o Ministério da Agricultura informou que o animal não manifestou ou morreu por causa da doença. Mesmo assim, nas semanas seguintes 18 países levantaram embargos totais ou parciais ao produto brasileiro.

Deste total, Egito, Chile, Jordânia, Gabão e Irã já suspenderam as restrições. E Abiec prevê solucionar a questão com os demais países até meados do próximo ano.

ACUMULADO DO ANO

As vendas externas de carne bovina do Brasil somaram 6,037 bilhões de dólares no acumulado até novembro deste ano, com incremento de 13 por cento sobre o ano anterior, puxado por crescimento mais expressivo em volume, mostraram dados da associação que reúne a indústria (Abiec) desta quinta-feira.

As exportações até novembro superaram a meta apontada para todo o ano, de 6 bilhões de dólares.

Em volume, o crescimento no acumulado do ano até novembro é de 19 por cento ante 2012, atingindo 1,362 milhão de toneladas.

Os embarques foram impulsionados por aumento expressivo das vendas para Hong Kong, alta de 66 por cento, para 330 mil toneladas, e para Venezuela, de 77 por cento, para 134 mil toneladas.

Os dois países são respectivamente primeiro e terceiro na lista de principais destinos para a carne brasileira.

"A Venezuela deverá comprar perenemente porque alimentos fazem parte do programa de governo país, face à realidade (deficitária) do setor de alimentos", disse Camardelli.

A Rússia, tradicionalmente o principal comprador de carnes do Brasil, ficou em segundo no ranking, adquirindo 284 mil toneladas.

OMC

O presidente da Abiec disse que o recente acordo para reforma do comércio global, fechado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no sábado, é para ser comemorado, mas ponderou que o Brasil precisa avaliar como fica o cenário para tratados comerciais.

"Temos de comemorar o acordo, a rolha foi aberta, agora temos de beber... Mas o Brasil tem que avaliar o que é factível. Temos de fugir de acordos em bloco, tem que considerar que cada país vive um momento político diferente", disse ele, considerando as expectativas para o setor de carne bovina após este acordo.

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