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25/10/2022 16:51

Cinco suspeitos de ligação ao neonazismo são presos pela polícia em Santa Catarina

O grupo tinha  armas, munições, coletes e símbolos nazistas e agia em várias cidades de SC

Cinco suspeitos de ligação com atividades neonazistas foram presas pela Polícia Civil de Santa Catarina na semana passada, mas as prisões só foram divulgadas esta semana. O grupo, que tinha três estudantes da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), tinha armas, munições, coletes, símbolos nazistas e atuava nas cidades de Joiville, São José, Maravilha e São Miguel do Oeste.

As investigações começaram em abril, quando foi realizada a prisão de um suspeito em São Miguel do Oeste. "Foi a partir dessa prisão que percebemos a atuação de um grupo maior e nos aprofundamos nas investigações", afirmou o delegado Artur Lopes, da Deic-SC (Diretoria de Investigações Criminais).

Conforme o delegado, a operação foi batizada de "Gun Project" em alusão ao nome do grupo virtual em que os integrantes discutiam e acompanhavam a fabricação de componentes para armas e munição. As reuniões do grupo, no entanto, eram realizadas em um sítio.

Entre os presos estão um auxiliar de escritório de 27 anos, e pelo menos três universitários da UFSC, estudantes dos cursos de Engenharia Automotiva, Letras e Direito, que têm entre 20 e 21 anos de idade. Na casa de um dos estudantes foram encontradas munições e símbolos neonazistas.

Em abril, um estudante de Engenharia de Agricultura da UFSC de 24 anos também foi preso e, com ele, a polícia encontrou uma impressora 3D usada na fabricação de peças de armas de fogo para carabina semiautomática 9 mm. Também foram encontrados conteúdos de disseminação de ódio, violência e maus tratos de animais e pedofilia nos aparelhos celulares apreendidos. Tudo circulava em fóruns na deep web.

Ainda conforme a polícia, o grupo utilizava imagens neonazistas pouco conhecidas, como a bandeira de um território inspirado no nazismo e um símbolo do alfabeto alemão antigo. Grupos de WhatsApp com nomes sugestivos que fazem alusão ao nazismo estão sendo monitorados pela polícia, que busca identificar e prender outros suspeitos.

Durante depoimento, todos negaram as práticas e disseram que as mensagens publicadas nos grupos e fóruns não passam de uma grande "brincadeira". "Alguns alegaram tradições germânicas. Outros confessaram interesse pelo revisionismo nazista, mas disseram que não tinham intenção de causar mal a ninguém. Mas os discursos de ódio conta negros e homossexuais era recorrente", conta Artur.

Em nota, a Universidade Federal de Santa Catarina informou que pediu informações à polícia sobre o possível envolvimento dos alunos da instituição para tomada de medidas disciplinares e prometeu apurar os casos. "Ao tempo em que cumprimenta a ação da Polícia Civil na investigação, oferece colaboração para o total desvendamento e punição a este crime. De sua parte, a UFSC solicitará às autoridades informações sobre os estudantes presos, para a adoção das medidas disciplinares cabíveis", informou a instituição.

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