O dólar fechou em queda nesta terça-feira (8), na quarta sessão consecutiva de perdas ante o real, com investidores à espera do desfecho das eleições norte-americanas e apostando na vitória da candidata democrata Hillary Clinton.
A moeda norte-americana recuou 1,16%, vendida a R$ 3,1674, depois de marcar R$ 3,1627 na mínima da sessão, menor patamar intradia desde 28 de outubro (R$ 3,1580).
Em 4 dias, o dólar acumula queda de 2,28%. No ano, a desvalorização é de quase 20%.
Sessão instável
Até o meio desta tarde, o mercado de câmbio no Brasil havia operado sem rumo definido, em modo cautela, à espera do resultado das eleições.
Os mercados financeiros no exterior também passaram a mostrar mais otimismo, com as bolsas norte-americanas ampliando as altas e o dólar caindo diante outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h20, alta de 0,2%, a R$ 3,2144
Às 9h49, alta de 0,06%, a R$ 3,2066
Às 10h30, queda de 0,15%, a R$ 3,1995
Às 11h39, queda de 0,16%, a R$ 3,1995
Às 12h50, queda de 0,08%, a R$ 3,2070
Às 13h40, alta de 0,42%, a R$ 3,1911
Às 14h29, queda de 0,56%, a R$ 3,1867
Às 15h30, queda de 0,96%, a R$ 3,1738
Cenário externo
As bolsas e plataformas de apostas online mostravam nesta tarde que a probabilidade de vitória de Hillary era muito maior do que a do republicano Donald Trump, considerado mais imprevisível e radical pelos mercados financeiros. Muitos deram à candidata democrata mais de 75% de chance de conquistar a Casa Branca, destaca a Reuters.
O resultado das eleições deverá ser conhecido na madrugada de quarta-feira.
Hillary é vista pelo mercado como uma candidata que oferece maior segurança e estabilidade para os investidores. Donald Trump é considerado um fator negativo para o peso mexicano, devido às ameaças do candidato de expulsar dos Estados Unidos milhões de migrantes ilegais, de renegociar acordos de livre comércio e da promessa de construir um muro na fronteira comum com o país vizinho, caso ganhe as eleições de terça-feira.
No Brasil
No cenário local, além das eleições norte-americanas, o mercado seguia de olho na votacão da PEC do teto dos gastos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na quarta-feira.
O Banco Central vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.