O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que foi registrada nesta terça-feira (4) uma falha em uma linha de energia que liga o Norte ao Sudeste que provocou falta de energia em partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
O órgão não soube informar quantas pessoas foram afetadas pelo problema, que aconteceu às 14h03. De acordo com o ONS, a energia começou a ser restabelecida 35 minutos depois.
Em nota, o ONS informou que a “perturbação no Sistema Interligado Nacional” ocorreu entre Colinas (TO) e Serra da Mesa (GO e provocou a interrupção do fornecimento de cerca de 5 mil MW (megawatts).
“Para evitar a propagação do evento, houve atuação do primeiro estágio do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), causando o desligamento automático de cargas pré-selecionadas pelos agentes distribuidores locais, visando restabelecer a frequência do sistema”, diz o comunicado.
O Ministério de Minas e Energia convocou uma entrevista coletiva para as 17h onde informações mais detalhadas sobre a ocorrência devem ser prestadas.
Risco zero
Na segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que é “zero” o risco de faltar energia no país, por conta da falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios de hidrelétricas.
Ele anunciou, porém, que o governo já estuda novas medidas para evitar que a conta pelo maior uso das usinas térmicas e devido à alta no valor da energia seja repassada de uma vez aos consumidores.
De acordo com o último levantamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no domingo (2) os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste registravam armazenamento médio de 39,98%. As hidrelétricas dessas duas regiões são responsáveis por cerca de 70% da produção de energia no país.
Em MS
A assessoria de imprensa da Enersul, que atende 74 dos 79 municípios do estado, informou que ficaram sem energia os municípios de Miranda, Bodoquena, Bonito, Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti. Em Campo Grande, 4% da cidade foi afetada. Essas localidades, conforme a empresa, representam 14% da área de concessão.