Na madrugada deste domingo (22), chegou ao fim o Horário de Verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Foram quatro meses, de economia em 11 Estados brasileiros onde o horário é instituído. Alívios para alguns e para outros o horário deixará saudades. Uma volta na manhã deste domingo na Praça Ary Coelho, centro de Campo Grande e podemos conversar com quem é contra e quem é a favor do famoso Horário de Verão.

Para a estudante Camila Benites, 18 anos, o horário não é bem vindo por ela, justamente porque atrapalha as “horinhas’’ de sono a mais. “Eu não gosto porque quando começa perdemos uma hora para descansar. O dia amanhece escuro ainda, as horas passam muito rápido. Gosto do horário normal e queria que ficasse só assim”, opinou a estudante.

Já o vendedor de uma loja de eletrodomésticos, Osvaldo Júnior, 33 anos, o horário é bem vindo e na opinião dele deveria ser estendido por mais meses. “Eu gosto porque o dia rende, principalmente na parte da tarde. Na hora de sair do trabalho, o sol está lá em cima e podemos fazer atividades físicas e outras coisas que não deu para fazer. Eu acho que o governo deveria estender por mais meses esse horário, a economia seria bem maior com certeza”, disse o vendedor.

Adotado no Brasil desde 1931, a mudança no horário desperta amor e ódio entre a população. Entre os motivos citados por quem defende a medida está o maior aproveitamento do dia, ao final da tarde, mas quem não gosta da mudança relata principalmente dificuldades na hora de acordar.

O objetivo do horário é aproveitar melhor a luminosidade natural do dia, reduzindo o consumo no período do fim de tarde. O balanço do valor financeiro poupado no horário de verão desse ano ainda não foi divulgado pelo Governo Federal. No ano passado, a mudança significou uma economia de R$ 405 milhões.

Conforme dados divulgados pela Agência Brasil, a economia de energia no último período foi de 4,5% durante o horário de pico, entre 18h e 21h, de consumo elétrico. A redução totaliza 250 megawatts, correspondente a 0,5% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

O Governo Federal cogitou estender a vigência da medida em 2015 por causa da crise hídrica que afeta os reservatórios do país, entretanto, o custo-benefício do adiamento foi considerado insuficiente.