A Polícia Federal identificou, nesta sexta-feira (26), três pessoas suspeitas de conseguirem e divulgarem, criminosamente, os dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e da família dele, no dia 2 de junho. Dois são menores de idade e outro tem 19 anos. 

A informação foi dada em entrevista coletiva feita pela Polícia Federal.  A operação foi batizada de Capture the Flag (Capture a bandeira), em português, que visou combater uma organização criminosa de hackers. 

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois no Rio Grande do Sul e um no Ceará. A PF destacou que os crimes cibernéticos sempre deixam rastros.

''Esse pessoal se acha inatingível. Pensam que nunca serão descobertos. A gente vê a cara dos pais, de espanto, que não têm nenhum controle sobre o que os filhos estão fazendo no computador'' disse o superintendente regional da PF no Rio Grande do Sul, delegado José Antonio Dornelles de Oliveira. 

Ainda segundo a PF, nenhum dos jovens tinha antecedentes criminais e que o trio é considerado uma organização criminosa pela forma que os indivíduos atuavam entre si.

Segundo a Polícia Federal, diz o Metrópoles, a organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelos hackers.

A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.