Carlos Willian dos Santos, 28 anos, pesa 300 kg e sonha em fazer a cirurgia bariátrica, em São Vicente (SP). Ele luta contra a obesidade mórbida desde os 17 anos.
Segundo o UOL, Carlos Willian diz que sempre foi uma criança gorda, mas foi na adolescência que os problemas de saúde vieram. Ele chegou a ser tratado para uma cirurgia, mas os médicos avaliaram que ele era muito jovem.
“Eu queria ter feito quando a gente tinha plano de saúde. A partir daí tentei de tudo, mas não perdia peso. Eu vendia iogurte, empurrava um carrinho com mais de 200 kg pelas ruas,mesmo assim, não perdi nem um quilo”, lamentou Carlos.
Santos teve mais problemas de saúde, como baixa imunidade, o que fez desenvolver doença de pele (psoríase). Ainda segundo o UOL, Em um episódio de falta de ar, Carlos descobriu que havia sofrido um edema pulmonar. Os exames mostraram que os seus pulmões estavam cheios de líquido.
“Foi quando o médico me chamou e disse que meu corpo não suportava mais excesso de peso. ‘’Você não passa dos 30 anos’’, revela Carlos.
Carlos parou de receber ajuda do pai, que se acidentou. Chegou a ter cirurgia agendada no SUS, mas a pandemia e outros contratempos fizeram o procedimento ser adiado. Ele também pensou em entrar na Justiça e já fez vaquinha virtual. Mas até agora nada.
“Eu sinto vergonha em pedir o dinheiro, mas é melhor do que morrer. Se alguma clínica ou médico pudesse fazer a cirurgia sem cobrar, seria maravilhoso. Não quero morrer’’, desabafa Santos.
A Secretaria de Saúde do Estado confirmou ao UOL, por meio de nota, que Carlos realizou tratamento no AME de São Vicente, mas o município não tem autonomia para interferir no processo de liberação de vagas para o procedimento cirúrgico.
Também ressaltou que a cirurgia bariátrica é realizada somente com indicação médica. “Geralmente, o paciente com obesidade possui restrições e doenças que dificultam a realização das cirurgias, a exemplo de diabetes e hipertensão. Sendo assim, nem todos com indicação médica para cirurgia bariátrica estão efetivamente aptos a fazer o procedimento imediatamente, por questões de quadro clínico geral não favorável. Além disso, há um período comprobatório, no qual o quadro do paciente é analisado para verificar se o procedimento em si é o mais indicado para o paciente.”