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Justiça determina penhora do faturamento e dízimos da Igreja Mundial

Atualmente, a igreja enfrenta na Justiça centenas de ações de cobrança de dívidas

11 maio 2022 - 21h27Por Elizeu Ribeiro

Por determinação da Justiça, a igreja Mundial do Poder de Deus, teve seu faturamento penhorado para pagar uma  dívida de R$ 117 mil referente ao aluguel de um imóvel, localizado na região da zona norte de São Paulo. A juíza Ana Cláudia Guimarães e Souuza, determinou, inclusive, que isso seja feito durante os cultos, após o recebimento dos dízimos pagos pelos fiéis.

Conforme o site ISTOÉ, após o processo apresentado pelo dono do imóvel, um administrador judicial foi nomeado para que a decisão seja cumprida até quitar o valor da dívida. Segundo a magistrada, o administrador judicial também terá o poder de fiscalizar a movimentação financeira diária da Igreja Mundial.

Fundada em 1998 pelo pastor Valdemiro Santiago, a igreja começou a enfrentar uma crise financeira, que foi agravada pela pandemia de Covid-19. Atualmente, ela enfrenta na Justiça paulista centenas de ações de cobrança de dívidas.

A instituição religiosa negou a dívida nos pagamentos do aluguel do templo. Por outro lado, em 2019, foi assinado um acordo judicial para quitar a quantia, mas a igreja não cumpriu.

Ainda conforme o site, em 2020, a Igreja Mundial enviou uma petição à Justiça na qual argumentou que sofreu uma queda na arrecadação dos dízimos porque os templos tiveram de fechar as portas por conta da pandemia de Covid-19.

“A igreja se encontra impossibilitada de honrar com os compromissos firmados, pois hoje não há qualquer entrada de receita”, afirmou na época.

Após a ordem de penhora, a igreja enviou um novo documento no qual afirmou que a decisão tomada deve criar sérios problemas para o funcionamento da instituição. “O que pode contribuir imensamente para o agravamento de sua crise financeira, estimulando sua insolvência perante os demais credores.”

A defesa da igreja destacou que a penhora pode “inviabilizar a sua atividade filantrópica” e afetar a sua “sobrevivência”.

A juíza não concordou com os argumentos apresentados e manteve a sua decisão. A Igreja Mundial do Poder de Deus ainda pode entrar com novo recurso.