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Geral

26/11/2013 15:45

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Maia informa que cronograma para indenização de áreas invadidas já foi definido

Conflitos indígenas

Na sessão ordinária desta terça-feira (26), o presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia foi convidado a relatar como está o andamento dos conflitos indígenas no Estado e sobre quais as expectativas dos produtores rurais.


Maia lembrou que há três anos quando começaram as primeiras invasões foram encontrados indícios concretos de uma articulação do movimento indígena, desde o planejamento das áreas até as armas utilizadas. "Existe uma espécie de livro contábil que está em poder da Polícia Federal e que dá detalhes estrategistas. Tudo articulado para movimentar invasões desses que se dizem do movimento indígena", afirmou.


De acordo com o representante da Acrissul ninguém pode dizer que o grupo de produtores que tiveram a área invadida não buscou resolver a situação de forma pacífica. "Participamos de cinco reuniões no Ministério da Agricultura, alertamos a ministra Gleise que o assunto esta chegando a um nível crítico e logo depois, aconteceu o episódio da morte do índio terena".


Na ocasião, Maia divulgou informações atualizadas sobre as reuniões, informando que já existe um cronograma firmado entre governo federal e os grupos de produtores e indígenas sobre como serão feitas as indenizações. "Foi feito um calendário que dá prioridade de atendimento a fazenda Buriti, Guaranis e Antonio João com prazos definidos. A data acordada para definir a execução do trabalho é 30 de novembro, e queremos alertar que algumas lideranças do movimento indígena estão dando ordens para acelerar as invasões e isso nós não iremos mais aceitar" declarou.


O produtor rural falou ainda sobre encontro com Lula, na ocasião em que o ex-presidente da república visitou a Capital. "O próprio Lula afirmou que esta situação não é boa para ninguém, que é preciso ser resolvida o mais rápido possível", informou.


Para finalizar o discurso, Maia reforçou que o segmento da agropecuária é o mais competente do Brasil, que tem apresentado mais lucratividade interna e nas exportações e que merece ser tratado com mais respeito. "Será que mesmo sendo o setor que mais se desenvolve no país, ainda seremos tratados com pouco caso e desrespeito", indagou.


Opinião dos vereadores - O vereador Zeca do PT se posicionou contrário ao movimento dos produtores rurais, alegando que violência não pode ser combatida com mais violência. "Se os indígenas estão agindo da forma que o senhor declarou não se pode retribuir da mesma forma. Se cada lado optar pela milícia armada aonde iremos parar?" questionou.


Já, o vereador Carlão (PSB) foi da opinião que a ação do governo estadual e federal deve ser mais firme, para impedir que aconteçam mais invasões. "O que temos visto é uma inversão de ações e quem tem agido com violência e desrespeito são os indígenas. Queremos saber quem os está ajudando, fornecendo armas e condições para estas invasões. Tem muita demagogia nesta história e precisa ser resolvida o quanto antes".


Segundo o vereador Paulo Pedra (PDT), a situação atual é decorrente do governo Fernando Henrique Cardoso, quando por meio da primeira-dama, Ruth Cardoso, os olhos das organizações não-governamentais se voltaram para o Brasil. "O que vemos hoje é a aculturação dos índios que não querem mais permanecer na área rural e sim vir para as aldeias urbanas e participar da comunidade como todo cidadão. Agora o que não podemos permitir é a manipulação deste povo, por Ongs internacionais que financiam os conflitos. Para os grupos de outros continentes é interessante promover estas ações a fim de impedir o crescimento da produção agropecuária nacional", alertou.


A vereadora Juliana Zorzo (PSC) que convidou o representante da Acrissul reforçou que a definição do problema está nas mãos do governo federal. "O governo precisa impedir este confronto, para que não cresça ainda mais. Estamos à beira de uma gerra civil, então chega de conversa mole, vamos partir para ação", frisou.

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