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MEC afirma que apenas 23% dos cursos de pós-graduação elevaram conceito

Educação

10 dezembro 2013 - 20h34Por Valor Econômico


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, divulgou, nesta terça-feira (10), os resultados da Avaliação Trienal 2013 dos programas de pós-graduação, relativa ao período de 2010 a 2012, promovida pelo Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Do conjunto de programas avaliados, apenas 23% aumentaram o conceito desde a última avaliação, em 2010, enquanto 69% mantiveram a pontuação e 8% reduziram a nota.

 

Entre os cursos avaliados, 1,8% (60 programas) receberam conceitos mínimos e devem ser descredenciados pelo MEC, mas após o julgamento dos recursos ao Capes. Mercadante ressaltou, entretanto, que se trata de um número pequeno no universo de 3.337 programas de pós-graduação avaliados.

 

Regiões - Mercadante destacou o aumento do conceito de 23% dos cursos para afirmar que "o sistema avança em direção à qualidade". Entre os fatores para a evolução do sistema nacional de pós-graduação, o ministro apontou a desconcentração dos cursos, que antes se restringiam às regiões Sudeste e Sul, e agora estão distribuídos nas regiões mais remotas, como Amazonas e Estados do Nordeste, e o aumento do rigor nos critérios de avaliação, diante do aumento dos alunos, do número de mestres e doutores e da ampliação dos cursos.

 

"Em todo o Estado do Amazonas havia menos doutores que na USP", destacou o ministro. Em três anos, o conceito dos programas na região Norte cresceu 40%, e, na região Nordeste, subiu 33%. Em contrapartida, na região Sudeste, que concentra os programas, o conceito dos programas evoluiu apenas 14%.

 

Cerca de 1.200 consultores atribuíram conceitos de 1 a 7 aos programas, sendo que apenas os cursos de doutorado pontuam 6 e 7. A nota máxima dos cursos de mestrado é 5. Assim, dos 3.337 programas de pós-graduação analisados, a maioria - 1.219 (36,5%) recebeu nota 4. Na sequência, 1.054 (31,6%) receberam nota 3 e 598 (17,9%) obtiveram conceito 5. Entre os cursos de doutorado, 266 (8%) tiveram conceito 6 e 140 (4,2%) conceito 7.

 

Para Mercadante, o Brasil destaca-se no cenário internacional, na pós-graduação, nas áreas de agronomia e medicina tropical. "Lideramos na publicação de artigos na área de agronomia tropical", afirmou. Ele vê deficiências, em contrapartida, nas ciências exatas e ressalvou que o programa Ciências sem Fronteiras, que concede bolsas no exterior, dá prioridade a cursos nessa área.

 

Mestres e doutores - O ministro também apontou o aumento do número de títulos deferidos no triênio. Eram 35.965 mestres em 2010, e 42.780 em 2012. Quanto ao número de doutores, eram 11.210 em 2010, e 13.879 em 2012.

 

Por fim, Mercadante destacou o aumento da produção intelectual dos pós-graduandos, observando que o Brasil hoje é o 13º país em produção científica indexada e já foi o 32º. A pesquisa aponta um salto de 100 mil trabalhos produzidos nos últimos três anos, entre publicação de artigos científicos, livros e produção técnica (como softwares, patentes, guias e protocolos e material didático). Enquanto em 2010 foram publicados 442.476 trabalhos, em 2012 o resultado subiu para 560.314, totalizando 1.498.111 no triênio.

 

Fonte: Valor Econômico