O Ministério da Agricultura decretou, nesta quinta-feira (19), por meio de publicação no Diário Oficial da União, emergência fitossanitária em Mato Grosso do Sul devido à infestação de lavouras com a lagarta Helicoverpa Armigera, que ataca as culturas de algodão, soja e milho. Até o momento, há a previsão de que a lagarta tenha causado prejuízos de, ao menos, R$ 2 bilhões.
O decreto, válido por um ano, libera o Estado para elaborar planos de supressão da praga e abre caminho para a importação emergencial de inseticidas ainda não aprovados no Brasil.
Produtores rurais de todo o país tentam proteger suas lavouras na safra de 2013/14, após o inseto ter imposto prejuízos bilionários a lavouras do oeste da Bahia na safra passada - a primeira em que a espécie foi detectada no Brasil.
Na avaliação de especialistas, as ações de controle que vêm sendo usadas pelos produtores de soja nos últimos meses têm surtido efeito e as infestações estão sendo controladas, evitando até o momento perdas significativas na produção nacional.
A safra de soja do Brasil está praticamente toda plantada e algumas regiões que começaram o cultivo mais cedo devem entrar em estágio de colheita em janeiro.
Entre as medidas emergenciais, também estão a adoção do vazio sanitário (período sem plantio, para evitar a propagação de pragas); uso de armadilhas, iscas ou outros métodos de controle físico da praga; e liberação de agentes de controle biológico.