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05/07/2018 08:03

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Ministro do Trabalho é afastado em operação da PF por suspeita em fraude; deputado também é alvo

Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Edson Fachin, suspendeu de suas funções o ministro do Trabalho, Helton Yomura. Ele é um dos alvos da 3ª fase da Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal, que tem como objetivo aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho.

De acordo com a PF, as investigações nas outras fases em maio e junho levaram à descoberta da participação de mais pessoas nos esquemas. Elas apontam que "importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta", diz a polícia. O deputado federal Nelson Marquezelli, vice-líder do PTB, também é investigado.
 
Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Pai e filha foram alvos das primeiras fases da Registro Espúrio. A reportagem aguarda um posicionamento do ministério e do ministro afastado.

A PGR (Procuradoria Geral da República), que também participa da operação, disse que os "investigados utilizam rotineiramente os cargos para viabilizar a atuação da organização criminosa e para solicitar tratamento privilegiado a processos de registros sindicais".

Parlamentar é alvo 

A PF também cumpre mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP).

Na Câmara, o deputado disse, nesta quinta-feira, que não tem nada a temer. "Sou vice-líder do PTB. O PTB hoje administra o ministério do Trabalho. Houve denúncias, várias denúncias. E policial me informa que todos os deputados do PTB serão investigados, seus gabinetes, para ver se tem alguma ligação com concessão de registros sindicais".

Fachin expediu três mandados de prisão temporária com duração de até cinco dias e outros dez de busca e apreensão, que são cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o chefe de gabinete do ministro do Trabalho, Júlio de Souza Bernardes, teve a prisão temporária decretada, assim como o superintendente
do ministério no Rio de Janeiro, Adriano José Lima Bernardo. Jonas Antunes Lima, assessor de Marquezelli, também é alvo de mandado de prisão.

Além dos mandados, o Supremo determinou a suspensão do exercício do cargo para os investigados. 

Os alvos da operação ficarão proibidos de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta. O pedido foi feito pela PGR (Procuradoria Geral da República) e pela PF.

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