A foto de um morador em situação de rua que recebeu um pedaço de carne crua para se alimentar em Santos, no litoral paulista, causou revolta nas redes sociais.
A denúncia foi feita por uma estudante, que preferiu não se identificar. Ao G1, nesta sexta-feira (25), ela disse que que viu o momento em que o suposto funcionário de uma distribuidora de carnes jogou o alimento, na quarta-feira (23), no bairro Campo Grande.
Ela havia separado bolachas e uma bebida para dar ao morador de rua, mas pouco antes, viu o caminhão da fornecedora de carnes do mercado e o homem, que seria um funcionário, jogando um pedaço cru da carne para o senhor.
"Ele [morador de rua] disse que não comia aquilo. A pessoa que jogou disse 'não come gordurinha? Então, dá para o cachorro'", conta a jovem.
Ela disse ao site que deixou as compras em casa e voltou para cobrar um posicionamento do supermercado, já que o caminhão do fornecedor já havia ido embora, sem que houvesse tempo de questionar o funcionário.
De acordo com a estudante, ao questionar o gerente da unidade, ele a informou que não poderia fazer nada a respeito.
"Ele disse que não poderia fazer nada, que não era problema dele", relembra a jovem, que diz ter alertado o gerente sobre os riscos da ação ao morador de rua. Ao sair do supermercado, ela resolveu contar o que ocorreu nas redes sociais.
A estudante ressalta que a cobrança por meio das redes sociais foi feita para que o problema fosse resolvido.
Ao G1 o mercado informou ter tomado providências e investigado o caso. Segundo o dono, eles procuraram câmeras de monitoramento que mostrassem o momento, mas, como o caminhão do fornecedor parou na esquina, não foi possível ver a ação. O proprietário contatou o fornecedor, que informou que os funcionários não jogaram o alimento.
O empresário alega que a publicação da jovem nas redes sociais foi 'irresponsável'. Ele ainda diz que, por conta da situação, eles decidiram dar assistência ao morador de rua por cerca de 30 dias.
Nas redes sociais, o mercado emitiu uma nota para esclarecer o caso e mostrar que nenhum funcionário teria jogado o alimento.