O passageiro de um voo internacional conseguiu embarcar seu coelho em um avião da KLM ontem (19), após uma confusão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O dono tinha autorização judicial para levar o animal na quinta (18), mas foi barrado pelos funcionários da companhia e uma discussão foi iniciada, com troca de palavrões e ameaças.
Conforme o G1, os advogados do rapaz, disseram que o animal, de nome Alfredo, entrou no avião sob escolta policial, após uma segunda autorização da Justiça.
Eles afirmaram que tinham feito contato anterior com a KLM informando sobre a primeira liminar judicial autorizando o embarque do coelho par evitar toda a confusão ocorrida e que, mesmo assim, "o comandante informou não se importar com a decisão judicial e retornou à aeronave, sem os nossos clientes".
"O nosso escritório repudia, veementemente, toda forma de violência e, mais ainda, o desrespeito às decisões judiciais, que são um dos pilares do estado democrático de direito", escreveram em nota os advogados da Furno Petraglia e Pérez Advocacia.
O dono do coelho xingou a funcionária da KLM e, na sequência, foi agredido com socos por um outro empregado trajando preto, iniciando uma briga generalizada.
Durante a confusão, o dono do animal, que estava de camisa xadrez e ao telefone, foi empurrado e caiu em cima da mala onde o coelho estava.
A empresa afirmou por meio de nota que houve um “equívoco interno” ao avisar a equipe de embarque sobre a documentação.
“Devido a um equívoco interno da companhia, o transporte excepcional do animal na cabine da aeronave, com base em uma decisão judicial, não foi comunicado à tripulação do voo com antecedência”, afirmou a empresa.
“Ao contrário de cães e gatos, animais roedores não podem ser transportados na cabine da aeronave por razões de segurança, motivo pelo qual os passageiros não puderam embarcar no voo da KLM desta quinta-feira (18/11) em São Paulo com seu coelho”, completou.
Coelhos, no entanto, não são roedores, mas lagomorfos. Isso porque eles têm quatro dentes incisivos, enquanto os roedores, como ratos e chinchilas, contam com dois.