O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, pretende acabar com o benefício das meias-entradas, concedidas a estudantes. O anuncio foi feito nesta segunda-feira (3). 

Segundo a Agência Nacional de Cinema, a participação do ingresso na categoria ‘’inteira’’ das redes de cinema cai há três anos. Diante disso, a Agência abriu uma consulta pública para discutir a obrigatoriedade da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. 

A Ancine levou em consideração os dados do Sistema de Controle de Bilheteria, que reúne informações de três mil salas de cinema em todo o país. A meia-entrada tem categorias como permitidas por lei, promocionais e cortesias. 

Conforme os dados, a venda de ingressos ‘’inteiro’’ correspondia a 30% das vendas em 2017 e caíram para 21,6% no ano passado. Quase 60% das meias-entradas concedidas no ano passado estavam ligadas às diversas leis que existem sobre o tema. 

A Ancine estima que cerca de 96 milhões de brasileiros se enquadrem nos critérios das três legislações (federal, estadual e municipal) que permitem a concessão meia-entrada. 

A meia-entrada é garantida por um subsídio cruzado - ou seja, quem compra a inteira paga a mais para permitir o desconto daqueles com direito a meia. Nenhuma das leis da meia-entrada estabelece repasse de recursos do orçamento da União, Estados ou municípios.