Autoridades da Segurança Pública da Bahia informaram, nesta quarta-feira (26), que o miliciano Adriano da Nóbrega, não foi executado e nem torturado, durante ação que terminou com a morte dele, em 9 de fevereiro deste ano.
Conforme o Extra, uma nova reconstituição apontou que as características dos ferimentos no corpo de Adriano indicam que os tiros disparados contra foram feitos a cerca de um metro e meio, o que não configura tiro à queima-roupa.
Ainda segundo o relatório, os ferimentos no corpo do ex-capitão do Bope são compatíveis com as armas de fogo usadas pela polícia baiana. Ainda segundo informado na entrevista coletiva, não há indícios de tortura, ao contrário do que o senador Flávio Bolsonaro sugeriu. Adriano estava fugido em um sítio em Esplanada, na Bahia, e resistiu ao cerco feito por uma força-tarefa de policiais do Estado.
Sobre as fraturas encontradas no corpo, que seriam os indícios de agressões, os peritos concluíram que elas podem ter sido feitas pelos próprios projéteis e que o ferimento na região frontal da cabeça aconteceu depois que ele caiu com os tiros.
Adriano estava foragido há mais de um ano e era investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por chefiar uma milícia e fazer parte de um grupo de matadores da comunidade de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, com alerta vermelho da Interpol.
Em fevereiro, o MP da Bahia havia entrado com um pedido na Justiça do estado para que este novo exame de necrópsia fosse realizado no cadáver do miliciano. No mesmo mês, uma decisão da Justiça do Rio proibiu a cremação do corpo de Adriano.