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Polícia precisa acabar com indústria dos fakes, afirma Karmouche

22 dezembro 2015 - 07h00Por Rodson Willyams

O vice-presidente e atual presidente eleito da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, Mansour Karmouche, afirmou que a polícia precisa investigar e acabar com uma prática recorrente no Estado, relacionada a 'indústria de fakes', que tem feito diversas vítimas em Mato Grosso do Sul.

Mansour disse que tem acompanhado casos semelhantes ao que aconteceu com a jornalista Izabela Sanches, que foi hostilizada e ofendida por meio da rede social Facebook, em uma página intitulada 'Ser Policial por Amor'.

"Eu sei como é isso. Durante a campanha para a eleição da OAB, nós também fomos atacados, eu procurei a polícia e denunciei o caso. Nós sabemos que há muitos fakes na rede e é necessário combatê-los", contou.

Para o presidente eleito da OAB, a polícia precisa intensificar as investigações e combater a indústria dos fakes no Estado. Mansour ainda recomenda que a pessoa que passar por uma situação dessas deve denunciar a página ao próprio Facebook, e antes guardar todo o conteúdo publicado contra a vítima.

Karmouche ainda lembra que essa prática se intensificou durante as eleições para o Governo do Estado, em 2014, quando os candidatos foram alvos de ofensas pelas redes sociais.

O presidente eleito se mostrou solidário ao caso da jornalista do TopMídiaNews e informou que deve encaminhar o caso para a Comissão de Direitos Humanos da OAB. Ele ainda comentou que irá verificar se há uma Comissão de Combate a Crimes Cibernéticos. Caso não haja, ela será criada no próximo ano, sua gestão.

Resposta

O Portal TopMídiaNews é solidário à jornalista, por entender que ela apenas cumpriu o seu dever e o juramento de profissão: "Juro, no exercício das funções de meu grau, assumir meu compromisso com a verdade e com a informação. Juro empenhar todos os meus atos e palavras, meus esforços e meus conhecimentos para a construção de uma nação consciente de sua história e de sua capacidade. Juro, no exercício do meu dever profissional, não omitir, não mentir e não distorcer informações, não manipular dados e, acima de tudo, não subordinar em favor de interesses pessoais o direito do cidadão à informação".

O site ainda se entristece com o acontecido, pois o ato de intolerância não apenas representa uma tentativa de censurar o jornalismo sério, compromissado com a verdade, como também reflete negativamente na própria Corporação, já que é evidente a importância do trabalho da Polícia Militar para a segurança pública. A classe não é inimiga da população e não deve ser punida pelo comportamento reprovável de alguns membros, mas o jornal também não se calará diante do abuso de poder e corrupção de alguns agentes.

A jornalista registrou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro na noite do dia 12) de dezembro. O caso será investigado pelo delegado João Eduardo Santana Davâncio. O Portal vai ingressar na Justiça para as medidas cabíveis. A Corregedoria da Polícia Militar também foi acionada para o caso de o autor da postagem ser um membro da corporação.