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Polícia quer saber se segurança matou cachorro em mercado por ordem de superiores

"Infelizmente a dor que o animal sofreu não temos como apagar, mas seremos sua voz e lutaremos em seu nome', diz delegado

04 dezembro 2018 - 16h08Por Portal do Animal

A rede de supermercados Carrefour está no centro de uma grande polêmica. Na última quarta-feira dia 28, um segurança do supermercado teria alegadamente espancado um cachorro na unidade de Osasco, em São Paulo.

Através de uma denúncia que circulou grandemente nas redes sociais, é possível ver imagens do animal com as patas traseiras feridas e marcas de sangue no chão da loja. Vários defensores dos animais e ativistas afirmam ainda que houve tentativa de envenenamento do animal.

O cachorro chegou a ser socorrido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) mas acabou por não conseguir resistir aos ferimentos e infelizmente morreu.

Chegou a ser levantada uma versão de atropelamento, mas logo foi desmentida por funcionários que alegadamente testemunharam o ocorrido e afirmado que o animal teria sido agredido a pauladas.

O cachorro estava na loja de Osasco havia alguns dias e chegou a receber água e alimentos dos funcionários do local. Ainda de acordo com denúncias nas redes sociais, o segurança da loja teria agredido o cachorro após uma suposta ordem de seu superior para “limpar” o mercado, que receberia naquele dia visita de executivos da empresa.

Agora um laudo irá determinar a causa da morte.

O delegado Bruno Lima, ativista da causa animal, se dirigiu ao local e afirmou que será feito um inquérito para apurar se o cachorro foi envenenado e se o segurança que alegadamente o matou cumpria ordens da chefia ou se agiu por conta própria.

“Estaremos acompanhando de perto até que esse crime seja solucionado. Temos algumas testemunhas que confirmam o ato cruel e que identificaram o autor do crime. Infelizmente a dor que o animal sofreu não temos como apagar e também a sua vida trazer de volta, mas seremos sua voz e lutaremos em seu nome”, afirmou o delegado no local do incidente.

No mesmo dia, um grupo de ativistas e protetores de animais se juntou nas portas da unidade e protestou. As contas oficiais do Carrefour no Instagram e Facebook também têm recebido milhares e milhares de mensagens e críticas de repudio pelo o ocorrido.

Ao abrigo do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), é considerado crime as práticas de abuso, como ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos e que podem render pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

A resposta do Carrefour:

O  Carrefour acabou emitindo um comunicado sobre o caso, afirmando que repudia maus-tratos contra animais e que afastou temporariamente a equipe de segurança que estava de plantão naquele dia enquanto prosseguem as investigações.

Leia o comunicado na íntegra abaixo:

“A rede informa que repudia veementemente qualquer tipo de maus-tratos. Esclarece ainda que, preventivamente, afastou a equipe responsável pela segurança do local no dia da ocorrência até que a rigorosa apuração em curso seja concluída e as devidas providências adotadas. Reforça também que, assim que notou a presença do animal nas dependências da loja, o acolheu, oferecendo água e comida, até que a equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Osasco chegasse ao local para o devido atendimento.”