O presidente Jair Bolsonaro, por meio de seus advogados, pediu novamente a quebra de sigilo dos celulares dos advogados de Adélio Bispo. O criminoso, preso desde 2018, é o autor da facada contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018. 

Na verdade, o advogado Frederick Wassef pediu que a decisão da Justiça, que negou a quebra de sigilo, seja revista. 

Segundo a CNN Brasil, na ação judicial, Wassef lista elementos que na sua avaliação colocam suspeição sobre os advogados. 

‘’um renomado escritório de advocacia é contratado para defender investigado de baixa renda e a contratação do escritório não ocorre a título pro bono’’, diz trecho do pedido. 

Em outro ponto da petição, Wassef cita que a contratação dos advogados se deu sem conhecimento e sem pedido de Adélio. Além disso, a contratação do escritório não ocorre por solicitação de familiares ou amigos do investigado, acrescenta Frederick. 

Ainda segundo Wassef, no curso da investigação haveria elementos que mostram circunstâncias atípicas em relação a Adélio. 

“Ao longo da apuração, a Autoridade Policial Federal colheu uma série de documentos e depoimentos que permitem deduzir circunstâncias atípicas a respeito (A) das finanças do Sr. Adélio Bispo de Oliveira e (B) do processo de contratação da prestigiada banca de advogados que patrocina a sua defesa técnica”, diz o texto enviado à Justiça. 

Na semana passada, o presidente da República assinou uma procuração dando amplo poderes a Frederick Wassef para representa-lo em ações judiciais. 

A Ordem dos Advogados do Brasil sempre se manifestou contra o pedido.