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13/01/2014 15:00

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Em 2013 mais de dois mil alunos foram matriculados em escolas instaladas em 26 presídios

Nova Chance

13/01/2014 às 15:00 |

Ascom Agepen

Para este ano letivo 2014, estão previstas a abertura de turmas para o oferecimento do ensino fundamental completo nas duas unidades fechadas de Ponta Porã e na Penitenciária de Naviraí. Foto: Edemir Rodrigues

Para este ano letivo 2014, estão previstas a abertura de turmas para o oferecimento do ensino fundamental completo nas duas unidades fechadas de Ponta Porã e na Penitenciária de Naviraí. Foto: Edemir Rodrigues

  • Para este ano letivo 2014, estão previstas a abertura de turmas para o oferecimento do ensino fundamental completo nas duas unidades fechadas de Ponta Porã e na Penitenciária de Naviraí. Foto: Edemir Rodrigues

Os dados da divisão de educação da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) não mentem e apontam que em 2013 mais de dois mil alunos foram matriculados em escolas instaladas em 26 presídios do Estado de Mato Grosso do Sul.

A responsabilidade pelo ensino nos estabelecimento prisionais no Estado é da Escola Estadual Polo Regina Anffe Nunes Betine. Segundo dados da escola, cerca de 140 reeducandos concluíram o ensino fundamental ou o médio, pelo Sistema Educação de Jovens e Adultos (EJA), um aumento de quase 13% com relação ao ano anterior.

Para este ano letivo 2014, estão previstas a abertura de turmas para o oferecimento do ensino fundamental completo nas duas unidades fechadas de Ponta Porã e na Penitenciária de Naviraí, além da implantação do ensino médio no Estabelecimento Penal de Dois Irmãos do Buriti.

“Para a ampliação da oferta educacional, contamos com a colaboração dos responsáveis pelo setor de educação dessas quatro unidades prisionais, que realizaram o levantamento de escolaridade da população carcerária para estabelecimento de perfil escolar”, explica a chefe da divisão de educação da Agepen, Elaine Castro.

Com relação à qualificação profissional, no ano passado foram capacitados 1.037 reeducandos, dos quais 553 por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), estando alguns cursos ainda em andamento.

As capacitações são oferecidas em diferentes áreas desde maquiador, manicure, viveiricultor, horticultor orgânico, aplicador de revestimento em cerâmica, pedreiro de alvenaria, eletricista e instalador predial de baixa tensão, pizzaiolo, auxiliar de padaria e confeitaria, desenhista de moda, gesseiro a torneiro mecânico. Para este ano, já estão previstos 32 cursos oferecidos pelo Pronatec, com 477 vagas.


Nova Chance

O intuito da agência penitenciária de MS no avanço educacional e na profissionalização da massa carcerária, como forma de resgatar vidas desviadas pela criminalidade, se torna mais evidente quando os números se traduzem em exemplos reais como o do reeducando José Ronaldo Moura, 31 anos, do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), que concluiu o ensino médio no ano passado e agora sonha com a faculdade de engenharia de açúcar e álcool, preso há três anos, ele garante que o estudo “traz novas esperanças para recomeçar”.

Recomeço desejado pela interna do presídio de São Gabriel do Oeste, Gilmara Batista, 38 anos, capacitada pelo Pronatec para atuar como manicura e pedicura, uma área que sempre sonhou em trabalhar. “Agora eu só quero reconstruir a minha vida e cuidar dos meus filhos”, garante a detenta.

Outro exemplo é o custodiado Orlando Carlos Ferreira Neto, de 37 anos, do Estabelecimento Penal de Paranaíba, que, após 12 anos longe dos bancos escolares, em 2013 conquistou, mesmo dentro do presídio, dois diplomas. Um de conclusão do ensino fundamental e outro como profissional na área de construção civil. Para Orlando, os certificados representam uma vitória: “Mudam totalmente o meu modo de pensar, de agir e de encarar o mundo", conclui.

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