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há 4 semanas

Saiba o que faz bonecas ou 'bebê reborn' realistas custarem até R$ 12 mil

Artesãs detalham investimento e técnicas para produzirem boneco ultrarrealista, também chamado de "bebê reborn"

Eles piscam os olhos, indicam a necessidade de trocar a fralda e, em alguns casos, imitam com perfeição o som de choro. Por mais que a descrição seja compatível, não se trata de um bebê comum, mas sim do reborn, que tem ganhado a atenção do público conectado às redes sociais há algumas semanas.

A popularidade foi tamanha que uma igreja tradicional de Salvador precisou emitir uma nota dizendo que não batiza esse tipo de bebê. É que, dada a semelhança – uma vez que são extremamente realistas –, não são poucos os casos de pessoas que querem comprar um dos bonecos para tratá-lo como um ser vivo.

Mas, afinal, o que faz o bebê reborn tão realista — e tão caro?

De acordo com a artesã Sheila Carapiá, especialista em arte reborn e pioneira no ramo, o ultrarrealismo é justamente o que diferencia o bebê reborn de um boneco possível de ser adquirido em uma loja de brinquedos infantil. Diferente do brinquedo, o bebê reborn, que surgiu no início dos anos 2000, tem o objetivo de promover conexão real.

“Para que um bebê reborn realmente provoque aquelas emoções profundas e traga conforto de verdade, ele precisa ser muito realista. Não é só uma questão de estética, é que quanto mais parecido com um bebê de verdade ele for, mais fácil é para o nosso subconsciente ‘acreditar’ que está diante de um bebê real. É aí que tudo começa a acontecer dentro da gente. Quando a gente segura um bebê reborn bem-feito no colo, com aquele rostinho delicado, o peso certo e o cheirinho de neném, o corpo começa a responder de forma positiva aos estímulos”, explica a artesã.

Com os estímulos adequados, quem cuida de um bebê reborn consegue sentir satisfação imediata, tal como uma mãe ou pai de um bebê humano. “Sem perceber, a gente começa a liberar ocitocina, que é o hormônio do afeto e do vínculo, e dopamina, que traz aquela sensação gostosa de bem-estar, aconchego e paz”, aponta Sheila.

Ela ressalta, no entanto, que esse sentimento não é motivo para tratar o bebê reborn como humano fora do contexto em que isso é aceito – geralmente, dentro de casa ou em ambientes com outras pessoas que lidam com o boneco realista da mesma forma. “Essa conexão emocional que muitas pessoas sentem com os bebês reborn não tem nada a ver com atitudes exageradas que estão aparecendo por aí, como levar o bebê reborn em hospitais, tentar furar filas ou exigir tratamento como se fosse um bebê real”, afirma.

“Essas não são reações naturais provocadas pelas emoções ou pelos hormônios liberados no nosso subconsciente. Na verdade, isso costuma ser uma tentativa forçada de chamar atenção, muitas vezes para gerar engajamento nas redes sociais”, complementa Sheila.

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