O professor Denis Ronieri, morador de Chapadão do Sul, esteve no local da tragédia que matou 10 pessoas em Capitólio (MG) um dia antes, na sexta-feira (7).

Ele conta que estava passando as férias na casa da mãe, que mora em São Paulo, e, no dia 3, foi com a esposa para a cidade mineira para aproveitar as belezas naturais do local.

Entretanto, por conta da chuva, resolveram adiantar em alguns dias o retorno para o Estado. O plano era de voltar no domingo (9), mas a mudança do projeto foi um livramento e eles deixaram Capitólio na sexta.

"Estivemos no local da tragédia por algum tempo. Paramos a lancha bem ao lado da pedra que caiu. Agora que vejo as gravações, percebo que a rocha já estava com a rachadura", contou.

O servidor gravou um vídeo enquanto estava passeando no mesmo local onde tudo aconteceu. Com ele, havia outras 15 pessoas na lancha, turistas de todo o Brasil.

Ele relatou, ainda, que após o desabamento, amigos começaram a ligar para perguntar se estavam bem. Até esse momento, ele não sabia o que tinha acabado de acontecer.

"Tem horas que paro e fico pensando: 'estive ali parado horas antes do acontecido, poderia ter sido com a gente', a ficha parece que não caiu, parece mentira", comenta.

Denis disse, também, que uma amiga mora na região e trabalha como guia de turismo. Ela alertou o casal que, em época de chuva, evitassem as cachoeiras, pois o perigo de surgir uma cabeça d'água é grande.

"Um dia programamos para fazer o passeio de lancha, mas chegando na Marina desistimos por causa do mau tempo, achamos prudente não subir na lancha porque chovia muito. Voltamos e decidimos ir no outro dia".

Quanto a voltar para o local turístico, Denis conta que a partir de agora fica com bastante medo.

"Fazendo o passeio, não imaginamos que isso possa acontecer. O local é um Cânion rodeado por paredões de rocha".