O digital influencer Agenor Tupinambá, de 23 anos, foi multado na última quarta-feira (19) em R$ 17 mil pelo Ibama, que solicitou que o tiktoker entregue a capivara Filó, que aparecia em seus vídeos nas redes sociais.
Em nota divulgada, o órgão enfatizou que os animais silvestres não devem ser tratados como pets. O caso ganhou repercussão após a morte de um bicho-preguiça na propriedade do influenciador, localizada na cidade de Autazes, Amazonas.
Durante a investigação, o Ibama encontrou um papagaio e a capivara Filó, ambos mantidos pelo influenciador sem autorização.
Conforme o Ibama, a exposição de animais silvestres como pets em redes sociais estimula a procura por esses animais e, consequentemente, aquece o tráfico de espécies da fauna brasileira.
Depois de saber da multa, Agenor, que tem mais de 360 mil seguidores no Instagram e 1,3 milhão no TikTok, afirmou que irá recorrer da decisão.
Veja, na íntegra, a nota do Ibama:
"Animal silvestre não é pet.
Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos.
Capivara e bicho-preguiça são animais silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira.
Com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o Ibama autuou nesta terça-feira (18/04) o influenciador digital Agenor Tupinambá por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais. As multas aplicadas totalizam R$ 17.030,00."