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02/09/2015 12:41

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UFMS determina retorno de professores da greve, mas classe nega

Os professores em greve da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) não irão retomar as aulas no dia 8 de setembro, para finalizar o primeiro semestre letivo de 2015 até o dia 26 do mesmo mês, como foi determinado pelo conselho da pró-reitoria. Na segunda-feira (31), o Conselho de Ensino de Graduação (Coeg) decidiu em reunião extraordinária que está anulada a Resolução nº 347, de 22 de junho, que suspendia os calendários dos cursos de graduação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores das Universidades Federais Brasileiras em Mato Grosso do Sul (Adufms Sindical), José Carlos da Silva, os argumentos utilizados na decisão do Coeg não são coerentes. “Eles disseram que o professor que na época propôs a suspensão não era mais membro do conselho, mas os demais aceitaram a proposta, a grande maioria. Isso me parece uma forma de atender os interesses da administração e dividir o movimento”, diz o representante da categoria.

Ainda conforme José Carlos, a decisão do Coeg prejudica os próprios universitários, pois somente os professores que não aderiram ou abandonaram a greve irão dar as aulas a partir da próxima semana, o que representaria menos de 50% do total do quadro. Isso não seria o suficiente para concluir de fato o semestre, como explica o presidente da Adufms, “é uma medida inútil que não soluciona o problema, porque esse estudante vai ter que concluir também as disciplinas dadas pelos docentes que ainda estão em greve”.

Por nota, a UFMS comunicou que os cursos de graduação presenciais e à distância da UFMS, as alterações dos Calendários Acadêmicos serão publicadas por meio de Resolução nos próximos dias. As aulas de Licenciatura Intercultural Indígena Povos do Pantanal (Prolind) e de Licenciatura em Educação do Campo (Procampo) ainda serão definidas e publicadas após reuniões de seus grupos gestores.

Greve segue sem prazo definido

De acordo com o comando de greve, não há previsão para a volta regular das aulas e o movimento tem se preparado para ficar mais fortalecido nos próximos dias. Hoje, 44 das 63 universidades federais seguem paradas no Brasil.

Desde 15 de junho, os docentes e técnicos administrativos estão paralisados com a intenção de serem atendidos pelo Governo Federal em suas reivindicações, entre elas a reestruturação de carreira, abertura de concurso para novas vagas, melhorias no Hospital Universitário (HU) e o reajuste salarial de 27,3%, porém o governo apresentou contraproposta de 21%, parcelada em quatro anos, refutada pelos servidores. O governo nacional já havia recusado a contraproposta do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais: 19,7% de uma só vez em 2016.

Também na segunda-feira, a categoria se reuniu com representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), mas não houve avanços significativos na negociação. 

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