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Velório coletivo de vítimas do acidente aéreo será na Arena Condá, em Chapecó

Cerimônia deverá reunir dezenas de milhares de pessoas que irão se despedir das vítimas, especialmente dos integrantes da delegação do clube alviverde

30 novembro 2016 - 17h13Por Agência Brasil

A Prefeitura Municipal de Chapecó confirmou hoje (30) que o velório das vítimas do acidente aéreo na Colômbia será realizado na Arena Condá, estádio da Chapecoense. O dia e o horário da cerimônia ainda não estão definidos, já que depende da liberação dos corpos e do transporte ao Brasil. A chegada dos corpos no município do oeste catarinense está prevista para sexta-feira (2).

Hoje à tarde, autoridades estiveram no estádio da Chapecoense para avaliar o espaço físico e planejar o velório coletivo. A cerimônia deverá reunir dezenas de milhares de pessoas que irão se despedir das vítimas, especialmente dos integrantes da delegação do clube alviverde.

À noite, no horário em que estava prevista a partida entre Chapecoense e Atlético Nacional de Medellín, pela final da Copa Sulamericana, haverá uma intensificação da vigília no estádio. O clube espera que os torcedores ocupem as arquibancadas da Arena Condá para homenagear jogadores, dirigentes e comissão técnica que morreram após o acidente aéreo.

Uma homenagem semelhante, organizada pela torcida do time colombiano, também está prevista para acontecer no estádio onde aconteceria o jogo, em Medellín.

Vigília e homenagens

Desde a manhã de ontem, quando as primeiras informações sobre a tragédia começaram a circular, a Arena Condá se transformou no ponto de reunião de torcedores, funcionários, jogadores e parentes das vítimas. Algumas pessoas armaram barracas e passaram a noite no estádio. O acesso principal para as arquibancadas ganhou uma espécie de memorial improvisado, onde foram colocados cartazes, fotos e flores para a equipe que morreu no acidente.

A auxiliar de cozinha Eliana de Toni levou as duas filhas para acompanhar a vigília no estádio. Após prestar homenagens no memorial improvisado, ela ressaltou que toda a equipe da Chapecoense tinha uma relação muito próxima com a cidade. “Eles eram pessoas muito simples, muito humildes. A gente encontrava em padarias, mercados, barzinhos, restaurantes. Eles vinham e conversavam, tiravam fotos. Nunca deixaram esse sucesso subir à cabeça”, lembrou a torcedora.

O lateral Cláudio Winck não havia sido escalado para a partida na Colômbia e, por isso, não estava no avião. Hoje de manhã, ele caminhou no gramado do estádio e conversou com amigos e torcedores. “A gente está sempre viajando, uma vez por semana tem voo de avião. Havia a expectativa de que a equipe voltasse para casa com um bom resultado na final, e acontece uma fatalidade dessas. Agora não tem como pensar em futebol, o momento é de mobilização para ajudar os familiares das vítimas”, afirmou o atleta.

Alguns torcedores que foram até a Arena Condá procuraram um local mais isolado nas arquibancadas para realizar vigília. A auxiliar de enfermagem Gleica Cristine Klaus chegou ao estádio com uma camisa autografada por jogadores, um manto do clube catarinense e um terço para oferecer orações às vítimas. “A gente estava vivendo o melhor momento da história da Chapecoense. Agora tem esse período de luto que vai demorar pra passar; mas em consideração aos nossos eternos guerreiros, a gente não pode deixar esse sonho acabar. Precisamos nos unir e reerguer esse time”, ressaltou.