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25/03/2016 18:04

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Violência: aumentam assassinatos de jovens entre 15 e 29 anos em MS

O Atlas da Violência 2016, produzido pelo Ipea (Instituto de pesquisa econômica aplicada) mostra um aumento de 20, 9% no número de homicídios de jovens em Mato Grosso do Sul, entre 2013 e 2014.

Em 2013, dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde indicam que 263 jovens da faixa etária de 15 a 29 anos foram assassinados. Já em 2014, esse número sobe para 318. A cada 100 mil habitantes a taxa em 2014 foi de 47,1, um aumento de 20,1% em relação a 2013. Entre os homens houve um aumento de 15,9% entre o período.

O Atlas também mostra que a vitimização da população negra é muito maior no Brasil. Aos 21 anos de idade, quando há o pico das chances de uma pessoa sofrer homicídio no Brasil, pretos e pardos possuem 147% a mais de chances de serem assassinados em relação a indivíduos brancos, amarelos e indígenas.

O Ipea indica uma relação entre os homicídios e o acesso a educação, explicando que as mortes são mais incidentes entre os jovens que tem menos anos de estudo, mostrando um risco de 5,4 vezes maior de serem mortos. “Ao segregar a proporção de mortes para os indivíduos que possuem menos do que oito anos de estudo, em relação àqueles com grau de instrução igual ou superior a esse limite, verificou-se que as chances de vitimização para os indivíduos com 21 anos de idade e pertencentes ao primeiro grupo são 5,4 vezes maiores do que os do segundo grupo”.

“Seria possível afirmar que a educação é um escudo contra os homicídios. Estes autores, ao fazer um exercício econométrico com base nos microdados do Censo demográfico do IBGE de 2010 e do SIM mostraram que, mesmo controlando pela Unidade Federativa de residência, estado civil e idade, as chances de um indivíduo com até sete anos de estudo sofrer homicídio no Brasil são 15,9 vezes maiores do que as de alguém que ingressou no ensino superior, o que demonstra que a educação é um verdadeiro escudo contra os homicídios”, afirma o documento.


Escolaridade 

Entre 2004 e 2013, de acordo com o estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014, a proporção de pessoas da faixa etária de 25 a 34 anos com ensino superior passou de 8,1% para 15,2%. Ainda assim, o percentual é o menor, ao ser comparado a outros países que fazem parte da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Já os estudantes do ensino fundamental regular de 13 a 16 anos de idade que faziam parte do quinto mais pobre possuíam taxa de distorção idade-série 3,3 vezes maior do que a taxa dos 20% mais ricos (5°quinto). Isso mostra que o atraso escolar afetou mais da metade desses estudantes (54,0%) em 2013.

Outra pesquisa realiza pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) “Estatísticas de Gênero - Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010” revelou que a escolaridade das mulheres aumentou em relação à dos homens.

Houve aumento da frequência escolar feminina de 9,8% em relação à masculina no período considerado. A taxa feminina foi de 52,2%, para uma taxa masculina de 42,4%. No ensino superior, também houve um aumento de mulheres entre os universitários de 18 a 24 anos. Elas representavam 57,1% do total de estudantes na faixa etária.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE também indica que apesar do aumento de 27% para 51% na frequência de estudantes entre 18 e 24 anos no ensino superior, a expansão tem disparidades quanto ao critério racial. O percentual de negros no ensino superior passou de 10,2% em 2001 para 35,8% em 2011. No entanto, o aumento na frequência não foi suficiente para alcançar a mesma proporção apresentada pelos jovens brancos, dez anos antes, que era de 39,6%. Em 2011 o número de brancos entre 18 e 24 anos que estão na universidade atingiu 65,7% do total.

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