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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
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2021 levou personalidades do Estado que ficarão na memória dos sul-mato-grossenses

Políticos, magistrado, ícone da música e cidadão que marcou a história do Estado, se foram deixando saudades para quem ficou

30 dezembro 2021 - 17h00Por Antonio Bispo

2021 foi um ano de retomada para muita gente. Após meses de pandemia, a chegada da vacina trouxe, aos poucos, a rotina de muitos sul-mato-grossenses. Entretanto, foi um ano que marcou a despedida para muitos outros moradores de MS.

Algumas pessoas que marcaram a história do Estado, hoje, se fazem presente na lembrança daqueles que ficaram. Ícone da música sul-mato-grossenses, políticos, entre outros, estão na lista de quem nos deixou.

Zé Pretim

Nascido em Minas Gerais, mas sul-mato-grossense de coração, José Geraldo Rodrigues, ou melhor, Zé Pretim, era um dos músicos mais respeitados na classe musical regional e nacional.

Pretim ficou conhecido como “Bluesman do Pantanal”, pois tocava o ritmo Blues, criado nos Estados Unidos. Entretanto, o artista regionalizava a música e era visto como um gênio entre os artistas, pois aprendeu tocar violão na roça observando os mais velho.

Zé partiu aos 67 anos, no dia 16 de setembro, após ser encontrado morto no apartamento onde morava, deixando uma marca eterna na música de MS.

Personalidades Políticas

Infelizmente, dentre as quase 10 mil mortes ocorridas por conta da Covid-19, uma delas foi do deputado Estadual Cabo Almi. Filiado pelo PT, o parlamentar ainda não tinha conseguido tomar a vacina contra o novo Coronavírus quando foi infectado.

José Almi se foi aos 58 anos, no dia 24 de maio, deixando uma esposa, três filhas e uma neta. Ele estava em seu segundo mandato como deputado, causando uma comoção entre a classe política do Estado que denominou o parlamentar como um dos mais atuantes dentre os deputados estaduais, além do ser humano extraordinário que passou pela casa de leis.

Márcio Roberto Machado, de 54 anos, foi outra personalidade política que deixou o ano de 2021 mais triste. Presidente da Câmara dos Vereadores de Itaporã, Marcio sofreu uma parada cardíaca enquanto participava de uma festa no dia 21 de novembro.

Respeitado no Estado, Lobo, como era conhecido pela maioria das pessoas, deixou uma vida pública e legítimas demandas para a população da cidade.

Um dia depois, José de Oliveira dos Santos, prefeito de Rio Verde, morreu após uma intensa e longa batalha com um câncer desde o ano de 2016.

Seu Zé, como era chamado, foi prefeito da cidade por cinco mandatos. Durante a vida política, atuou como vereador e Deputado Estadual.

Para os amigos, Zé deixou um legado significativo para os cidadãos de Rio Verde, além de morrer exercendo o cargo que mais amava.

Perda na medicina

A classe médica teve também uma grande perda. Virgílio Gonçalves Souza Júnior era médico pediatra e superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, em Campo Grande.

O médico morreu após contrair o vírus da Covid-19, deixando lembranças memoráveis às centenas de pacientes que tiveram a oportunidade de serem atendidos por ele, bem como àqueles que puderam trabalhar ao lado de Vírgilio.

Como forma de homenagear, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – HRMS, implementou um projeto idealizado pelo próprio médico. Foi criado um espaço em homenagem àqueles profissionais da medicina que lutaram incansavelmente na pandemia.

Foram plantados 30 mudas de espécies frutíferas em um bosque, representando um colaborador do hospital vítima do vírus.

Um gesto eterno de compaixão

O jovem dentista Gustavo Lima, de 27 anos, era um dos voluntários atuantes na intensa vacinação da população campo-grandense contra o novo Coronavírus.

Até esse momento, Gustavo seguia uma vida anônima, alegrando todos que viviam ao seu redor. Entretanto, em agosto, uma mulher proibiu a filha de ser vacinada pelo dentista, praticando homofobia.

O caso repercutiu em todo o Estado e no Brasil, causando indignação a respeito do episódio vivido por ele.

Infelizmente, em outubro, o jovem se foi deixando apenas saudades para quem teve a oportunidade de conviver com ele, e revolta quanto à pessoa que o atacou.

Marcados no coração

Em Mato Grosso do Sul, 9.687 sul-mato-grossenses de nascença ou coração se foram por conta da pandemia. A maioria das mortes ocorreu em 2021, quando o pico da doença deixou o Estado todo em alerta por semanas.

São milhares de histórias que tiveram sua continuidade interrompida e que ficarão nas lembranças daqueles que aqui ficaram.