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In Memoriam

Juvêncio recusou aposentadoria de senador e foi pai do passe do estudante

Atitudes, segundo amigos, mostram perfil leal e correto do ex-prefeito

14 dezembro 2019 - 13h00Por Vinícius Squinelo

Décadas de vida pública, ensino e lealdade ao direito. Importantes, mas apenas parte do imenso legado deixado por Juvêncio César da Fonseca na visão de seus amigos mais próximos. Para a sociedade atual, tão inóspita aos políticos e à população em geral, fica o exemplo e a determinação do ex-prefeito de Campo Grande.

Das suas conquistas, em duas passagens pela prefeitura, a mais lembrada, sem sombra de dúvida, é a criação do passe do estudante. A medida foi pioneira no País e é uma das mais importantes vitórias da juventude brasileira.

“E só existe pela luta dele, do Juvêncio, se existe é por conta dele”, garante o amigo Antonio Modesto, que esteve ao lado do então prefeito na criação da benesse, em 1993.

Após sair do Paço Municipal, Juvêncio ainda esteve nas cadeiras do Senado Federal. De onde saiu, no fim de 2007, se negando a receber a aposentadoria parlamentar.

“Abriu mão dessa aposentadoria, um grande homem, político exemplar, leal e correto”, conta a advogada e amiga Elenice Carille, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de MS. Na juventude, Elenice foi estagiária de Juvêncio na Defensoria Pública nos anos de 1970.

“O sentimento é de perda de um grande homem, um grande amigo”, diz, emocionado, José Barbosa Alencar, 57 anos, que trabalhou com Juvêncio e o teve como padrinho de casamento. “Um segundo pai”.