"Poxa meu irmão, você se foi e nem sequer se despediu da gente", essa foi uma das mensagens publicadas por Ana Eloi, irmã de Eli Matias, de 36 anos, assassinado com pelo menos 14 facadas na madrugada deste sábado (8) na rua Piraputanga, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A vítima teria sido morta pelo amante da esposa, identificado como Douglas Pereira Rios, de 31 anos, preso em flagrante e internado sob escolta na Santa Casa, pois também teria sido atingido por Eli, após ter descoberto a traição.
Nas redes sociais, muitas lamentações e mensagens de familiares e amigos para o homem, de origem indígena. A irmã ainda completou sua mensagem dizendo "que mundo cruel, meu deus".
"Você sempre estará no meu coração", disse uma das sobrinhas. A outra sobrinha de Eli, inclusive, trocou sua foto e publicou nas redes sociais a mensagem de "a dor e a saudade ficarão comigo para sempre. Descansa em paz, tio".
Muitos amigos compartilharam imagens em tom de luto para respeitar o momento difícil que estão passando após saberem da morte de Eli.
"Aquele nosso tereré que marcamos não vai sair mais, meu xará. Hoje o dia amanheceu silencioso e triste, ouvi ontem a noite pássaro de aviso, era você mano", escreveu Silas Mendes, um dos amigos da vítima.
Morte
Eli Matias foi assassinado com ao menos 14 facadas na rua Piraputanga com Ferreira Viana. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima teria descoberto o caso e encontrou sua mulher e autor caminhando pela rua, quando tentou atacar Douglas com um canivete, mas foi desarmado e posteriormente assassinado.
O GOI (Grupo de Operações e Investigações) apurou as primeiras informações e no local do crime conversou com a esposa que apresentou uma versão diferente dos fatos, ao explicar haver sido vítima de uma tentativa de roubo e que seu marido tentou ajudar na situação sendo atacado por dois autores.
No entanto, uma pasta com vários documentos estava ao lado do corpo de Eli, que pertenciam a Douglas Pereira.
Por conta dos ferimentos, ele tinha sido encaminhado até o CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes e posteriormente transferido para a Santa Casa com uma perfuração no abdômen e um corte no rosto, onde permaneceria internado.
Na entrevista com o autor, os policiais ouviram de Douglas que ele se relacionava com a mulher, mas não sabia que ela era casada. Que quando estavam pela rua Piraputanga, foi atacado por Eli, conseguiu tomar o canivete, desferido vários golpes contra ele e fugido, largando o objeto no local.