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Interior

Chuva em Corumbá acumula 114 milímetros em outubro e área queimada dá sinais de vida

Analista diz que vegetação deve se recompor naturalmente

30 outubro 2020 - 18h44Por Thiago de Souza

Chuva com volume acumulado de 114 milímetros na região de Corumbá e Ladário, em outubro, fez algumas áreas do Pantanal darem sinais de vida após incêndios de grandes proporções. O esperado para o mês era de 76 milímetros e ainda falta um dia para acabar o mês. 

Conforme o Diário Corumbaense obteve com o meteorologista Natálio Abraão, da Estação Meteorológica da Uniderp, a previsão é de mais chuva nos próximos dias, incluindo a Serra do Amolar, uma das regiões mais devastadas pelas queimadas. 

Ainda segundo o site, as chuvas trazem alívio para equipes de brigadistas e bombeiros e também mostram o “despertar” da vegetação, ainda que tímido. Algumas plantas estão fluindo em áreas devastadas pelo fogo, na terra indígena Taunay Ipegue, onde está localizada uma Brigada Indígena.

O analista Ambiental do Prevfogo, do Ibama, Alexandre Pereira, disse que a regeneração natural vai dar conta do processo e que não será necessária a intervenção humana, como reflorestamento. 

‘’O Pantanal tem a capacidade, tem a resiliência que é fantástica. É um ambiente adaptado com a presença de fogo, mas não como os que o atingiram, porém pouco a pouco a 'vida' vai voltando”, explicou. 

Fogo

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que outubro foi o pior mês para o Pantanal em relação ao número de focos de incêndios registrados, desde que os trabalhos de monitoramento tiveram início em 1998.

Só no Pantanal de Mato Grosso do Sul, 1.917.000 hectares foram destruídos pelos incêndios. Regiões como a Serra do Amolar, Barra do São Lourenço, Porto Esperança e também em vegetação às margens da BR-262 e da Estrada Parque, foram as mais atingidas.