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Interior

há 3 anos

Funcionários serão indenizados em R$15 mil por péssimas condições de trabalho em fazenda no Pantanal

Trabalhadores dormiam em um alojamento improvisado com lona e consumiam alimentos misturados a insetos

Três homens, funcionários de uma fazenda localizada em Corumbá, distante 426 quilômetros de Campo Grande, na região do Pantanal, serão indenizados pelo proprietário do local por péssimas condições de trabalho.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho, um dos funcionários tem 70 anos, e vivia em companhia dos colegas em um alojamento improvisado com lona rasgada.

Além disso, o trio consumia alimentos que estavam misturados em meio a insetos. O caso veio à tona após a filha de um dos homens tirar fotos com o próprio celular, das condições que o pai era submetido.

Conforme denúncia, os trabalhadores deixaram a propriedade a pé, após trabalharem por cinco dias nessas condições.

Em depoimento prestado na Delegacia de Polícia Federal em Corumbá, a mulher disse que o pai foi contratado informalmente para a construção de cerca na fazenda e, na única visita feita ao genitor, percebeu que se tratava de um meio ambiente indigno e humilhante.

Segundo a depoente, o local era de difícil acesso e ficava no meio de uma mata, cujo entorno estava alagado.

Ela contou, também, que os alimentos providos aos homens ficavam condicionados em caixa de papelão, no chão, sendo alguns deles molhados e misturados à sujeira.

Sem instalações sanitárias, o grupo fazia as necessidades fisiológicas no mato e utilizava a água salobra de um poço artesiano para tomar banho, a mesma oferecida para o consumo.

“O teor dos depoimentos tomados pela Polícia Federal demonstra que a contratação do serviço se deu de forma manifestamente irregular, travestida de contrato de empreitada tão somente por questões financeiras (redução de custo), contribuindo para que fossem sonegados os direitos dos trabalhadores, mormente em relação ao meio ambiente de trabalho, remunerações e à previdência social”, sustentou o procurador do Trabalho Leontino Ferreira de Lima Junior, autor de uma ação civil pública ajuizada no ano passado em face do proprietário da fazenda.

A fazenda onde os trabalhadores ficaram alojados e exerciam as atividades sob condições extremas foi objeto de investigação, em 2019, pela prática de irregularidades laborais similares.

Na ação de indenização, o fazendeiro deverá pagar a quantia de R$ 52,5 mil, sendo que R$ 15 mil serão pagos aos trabalhadores, e o valor restante destinado a um fundo ou entidade beneficente indicado pelo MPT, com concordância do juízo.

 

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