Ronald Acevedo, irmão do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, executado a tiros, fez um forte desabado à imprensa, nesta segunda-feira (23). Ele disse que não confia nas investigações e que o culpado pela violência na fronteira é o presidente da República, Mário Abdo Benítez. 

Segundo o Jornal La Nación, Ronald, que teve a filha assassinada, também por pistoleiros, há sete meses, disse que não confia na apuração feita pela polícia e nem no presidente do país. 

Acevedo questionou o ministro do Interior, Frederico González, sobre a inação do governo em relação ao caso. Ronald estava no hospital Viva Vida, onde o irmão faleceu, no sábado à noite, e mandou o ministro e outros policiais saírem do local. 

Ronald é governador do Departamento (equivalente a estado no Brasil) de Amambay e apontou o dedo para os policiais que estavam na unidade médica. 

''Esse policial não fez nada. Seu presidente Mário Abdo não fez nada, é um líder inútil. Todos esses policiais têm de sair daqui'', desabafou o governador. 

O irmão do prefeito vem fazendo críticas ao presidente da República, desde que a filha, Haylee Carolina Acevedo Yunis, foi executada a tiros, na saída de uma casa noturna. Outras três pessoas, inclusive uma jovem brasileira, morreram junto com ela, em outubro de 2021. 

As críticas de Ronald contra Mário subiram de tom, quando José Carlos foi baleado e morreu quatro dias depois. 

O corpo do prefeito assassinado foi velado na Câmara Municipal e enterrado, sob forte esquema de segurança, na divisa com Ponta Porã. 

José Carlos era irmão de Ronald e foi morto a tiros. (Foto: reprodução redes sociais)

Investigação 

O Ministério Público do país vizinho informou, nesta segunda-feira (23), que emitiu quatro mandados de prisão, contra suspeitos de matarem José Carlos. Os nomes não foram divulgados.

Presidente do Paraguai é alvo de críticas. (Foto: Jorge Adorno - Reuters)