Visando integrar as entidades envolvidas na assistência de crianças e adolescentes em situação de risco, o juiz Maurício Cleber Miglioranzi Santos, da 1ª Vara Cível de Corumbá, realizou uma reunião na semana passada com as equipes técnicas das casas de acolhimento dos municípios de Corumbá e Ladário, os respectivos Conselhos Tutelares e servidores do Poder Judiciário.
Realizado no plenário do Tribunal do Júri, o encontro focou a integração operacional das entidades, já que a realidade dos jovens em situação de risco é demanda que envolve atualmente 40 jovens que, na maioria, são encaminhados às instituições em virtude da negligência dos pais, especialmente relacionada com a dependência alcoólica e a droga.
Segundo informações do site Diário Online, para o juiz, o mais preocupante é que as crianças acabam crescendo nas casas de acolhimento por falta de cidadãos interessados em adotar crianças com mais idade. No Brasil, a expressiva maioria de pretendentes à adoção busca crianças com até três anos de idade. “É preciso modificar essa compreensão social de que crianças mais velhas são mais difíceis de educar”, explicou o juiz. Ainda de acordo com ele, a realidade é totalmente contrária: as crianças possuem extrema capacidade de adaptação e de amor. “Chega a ser curioso que tenhamos tantas instituições que se propõem a defender o meio ambiente e os animais – sem qualquer demérito - mas tão poucas voltadas à atenção a nossas crianças”, observou.
O juiz Maurício Santos lembrou que, para fomentar o apoio social à causa da infância e juventude, o Poder Judiciário divulga o Projeto Padrinho, que convida os cidadãos a conhecerem as instituições de acolhimento e disponibiliza diversas formas de apoio. Para mais informações sobre o Projeto Padrinho, basta entrar em contato com o Núcleo Psicossocial do Fórum, pelo telefone 3231-3020.