Após a criação da Coopemap (Cooperativa dos Motoristas de Aplicativo do Pantanal), motoristas de aplicativo de Corumbá, promoveram no sábado (17), uma mobilização para chamar a atenção aos problemas enfrentados pelos profissionais que atuam na cidade.
Conforme o Diário Corumbaense, o presidente da Cooperativa, Bernardino da Silva Arrua, afirmou que há insatisfação com as condições de trabalho, insegurança e com os valores recebidos devido às altas taxas cobradas pelos aplicativos. Ele explicou ainda, que a criação da cooperativa visa proporcionar ganhos mais justo para os motoristas e parcerias com empresas locais para beneficiar não apenas a categoria profissional, mas, principalmente, o passageiro.
“A gente se uniu para dar uma melhorada no atendimento ao público, para melhorar o trabalho do motorista de aplicativo. Tem muita plataforma, algumas que nem são de Corumbá, que vêm aqui apenas para usar o transporte de aplicativo para gerar dinheiro e não investem nada em Corumbá. Com a nossa cooperativa, se tudo der certo, vamos gerar emprego. Vamos ter que contratar gente para trabalhar, o dinheiro vai ficar aqui mesmo, não vai sair. As plataformas de fora não empregam nenhum centavo em Corumbá”, disse Arrua.
Os motoristas devem usar carros novos, e o veículo não pode ter mais de 10 anos de uso. Além disso, o motorista tem que ter um MEI (cadastro de Microempreendedor Individual).
“Como nós não tínhamos ideia de cooperativa, éramos desunidos, a gente acabava trabalhando para as operadoras, cobrando 25% a 30%. Sendo que ela [plataforma] só ganha, não paga nada. Tem motorista que trabalha de 10 a 15 horas, diuturnamente. A operadora, não sabe o desgaste do pneu, troca de óleo, troca de combustível, carro, ela só ganha. A nossa cooperativa é para ajudar o motorista corumbaense. Todo dinheiro será revertido para nós mesmos, os cooperados, motoristas, em sorteios, em descontos, em convênios, ou até mesmo ajudar o motorista que apresente qualquer problema. Foi por isso que nos unimos, para ter respaldo e segurança. Na hora que o motorista estiver com problemas no carro, a cooperativa estará ali para ajudar. A gente só quer trabalhar respaldado na lei e com suporte jurídico”, finalizou Bernardino Arrua.