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Interior

22/06/2022 14:44

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Onça-pintada resgatada durante incêndios está readaptada à natureza

Quando foi resgatado, Joujou tinha queimaduras de segundo e terceiro graus nas patas

O período de readaptação da onça-pintada, Joujou, chegou ao fim. Após um ano e cinco meses de monitoramento, o colar com sinal GPS, que rastreava os passos do animal, se soltou. 

Para o IHP (Instituto Homem Pantaneiro), que acompanhava de perto os passos da onça, tudo saiu como previsto e o fim do monitoramento mostra que o animal se recuperou e o período de adaptação foi vencido.

Hoje, a estimativa é que o felino, resgatado na Serra do Amolar, uma das áreas mais preservadas do Pantanal, durante os incêndios florestais de 2020, tenha, entre 4 e 5 anos. 

Quando foi resgatado, Joujou tinha queimaduras de segundo e terceiro graus nas patas e foi diagnosticado, ainda, com pneumonia, provocada pela fumaça.

Depois de pouco mais de dois meses de tratamento, o felino foi solto na Serra do Amolar, com um colar de monitoramento, do programa Felinos Pantaneiros, do IHP.  A bateria do equipamento costuma durar por volta de um ano e meio e já se esperava que fosse se soltar neste período.

Durante o monitoramento, Joujou chegou a andar, em um único dia, 15 km. A média diária, contudo, era de 5 km. Os hábitos alimentares do animal também ficaram conhecidos: a onça se alimentava, neste período, principalmente de jacarés e capivaras. Atualmente, ele vive e costuma se deslocar em uma área de 102 km quadrados, na Serra do Amolar.

Para o médico-veterinário Geovani Tonolli, do IHP, este momento é ainda mais especial. Ele chegou ao Pantanal exatamente no dia em que Joujou foi resgatado e, agora, é o responsável por recolher o colar de monitoramento - que se solta sozinho do animal, quando a bateria chega ao fim.

“É muita emoção pessoal e, com certeza, um momento mágico. O colar se soltou em um dos locais mais lindos da Serra do Amolar, no cartão postal. Cheguei ao Pantanal no dia do resgate dessa onça, de certa forma participei do tratamento, soltura, participei do monitoramento e, agora, fui responsável por recolher o colar”, relembrou Tonolli.

Em novembro de 2020, Joujou foi resgatado pela equipe do GRETAP, com apoio de parceiros junto ao IHP, como CRMV MS, Instituto Tamanduá, GRAD, UCDB, Semagro/Imasul, Ampara Silvestre, Ibama e Esquadrão Onça da Força Aérea.

A onça foi tratada e reabilitada no CRAS/Imasul, em Campo Grande, onde passou por tratamento por cerca de dois meses. Como estava em condições de voltar a natureza, foi realizada a soltura em 23 de janeiro de 2021, em uma operação que contou com apoio do IHP, Onçafari, Gretap, Imasul, ICMBio, CRMV/MS e Força Aérea Nacional.
 

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