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Interior

11/12/2019 15:00

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Festão em Corguinho: organizador diz que bebida era proibida e acusa PM de abuso de autoridade

Anderson alega que adolescente em coma alcoólico foi caso isolado

O advogado e organizador da festa realizada em Corguinho, com o apoio da prefeitura da cidade, Anderson Marques, 28 anos, diz que a entrada de bebida alcoólica no evento era proibida.

Ele afirma que, na ocasião, o irmão Leo Alberto Ferreira Junior, 28 anos, acabou preso por 'abuso de autoridade' por parte de policiais militares.

Segundo ele, como se tratava de um evento beneficente, que visava arrecadar alimentos para famílias carentes, a prefeitura prestou apoio, no entanto, não investiu recursos públicos.

“Eu ajudo meu irmão a fazer esse evento há mais de 8 anos. A prefeitura abriu espaço na festividade para que nós pudéssemos realizar em parceria. A entrada era um quilo de alimento não perecível. Não teve dinheiro público e era proibida a entrada de bebida alcoólica”.

Além disso, ele alega que, apesar de comerciantes estarem vendendo bebidas, apenas uma adolescente teve problema.

“Os comerciantes estavam vendendo lá dentro, mas só tem um registro de menor consumindo bebida alcoólica, isso é um caso isolado. Meu irmão ajudou a socorrer uma menina que passou mal e a Polícia Militar chegou no local”, diz.

Neste momento, ainda segundo ele, os militares pediram que Leo chamasse a ambulância, sendo que a menina começou a vomitar. Ela foi levada para a unidade de saúde.

“Foi nessa unidade de saúde que teve a discussão entre os militares e meu irmão. Um policial deu um soco nele, tenho testemunha”, alega.

Ele ainda diz que, depois disso, o irmão levou mais um soco e foi detido por desacato, desobediência, resistência e direção sob influência de álcool ou entorpecente. O advogado conta que já procurou, junto com o irmão, a delegacia e registrou o boletim por abuso de autoridade por parte dos policiais.

Entenda

Uma festa realizada em comemoração ao aniversário de Corguinho, com o apoio da prefeitura da cidade, teve bebida alcoólica liberada e muitos adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, resgatados com sintomas de coma alcoólico, segundo moradores.

O evento aconteceu no último domingo (8), das 9h às 21h. 

Outro lado

Em contato com o TopMídiaNews após a publicação da matéria, a prefeita de Corguinho, Marcela Ribeiro Lopes, informou que não interferiu na conduta dos militares e que não houve perseguição aos policiais.

Confira a nota na íntegra:

"Todos os anos para a programação do aniversário da cidade é aberta  para quem quiser participar, tanto que neste ano,não só o som automotivo, mas a Apae também participou. A prefeitura não oferece recurso, somente custeia os eventos organizados por ela. Não havia bebida liberada para quem quer que fosse. Não há de forma alguma perseguição ou retaliação de polícias Civil e Militar, inclusive  vale lembrar que a Polícia Militar sempre esteve presentes em todos os dias, inclusive com reforço vindo de outras localidades. Quanto ao Conselho Tutelar, logo que solicitado o mesmo esteve presente realizou o seu trabalho. Infelizmente houve este caso específico de menor embriagada no qual a prefeitura lamenta. E graças a Deus nada pior aconteceu. Mas serve de alerta  para quem comercializa bebida alcoólica para dobrar a atenção e para qualquer pessoa que organize ou realiza eventos.  Quanto ao fato da prisão, de ser ou não meu cunhado, parente ou amigo não interfere em minhas condutas, sei nem separar. Onde minha vida pessoal é pessoal e minha vida profissional é profissional, hoje, estou como prefeita e me considero como uma funcionária temporária ao município".


* Matéria editada às 17h para acréscimo do posicionamento da prefeitura de Corguinho

 

 

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