Pai de um bebê, que morreu no parto, acusa o Hospital Universitário de Dourados, de negligência. Ele denuncia que teria pedido cirurgia de cesárea, mas a longa espera por parto normal levou a criança à morte.
Conforme o Dourados News, Cleiton Ramos Machado, 24 anos, que é indígena da Aldeia Jaguapiru, foi à Polícia Civil registrar a denúncia. Ele detalhou que Ivanir Asturio Espíndola, 21 anos, chegou à unidade de saúde às 11h de quinta-feira (13), e passou horas com fortes dores.
Ainda segundo o site local, ao ver a mulher sofrendo, pediu que fosse feito uma cesárea, justificando que não havia dilatação para parto normal. Somente tempos depois, a paciente foi levada ao Centro Cirúrgico, por volta das 23h. À meia-noite e meia desta sexta-feira (14), a morte do pequeno foi constatada.
O site diz que o atestado de óbito traz que a causa da morte foi insuficiência respiratória e aspiração de mecônio (substância que constitui as primeiras evacuações do bebê). O indígena também foi à Ouvidoria do HU da UFGD cobrar explicações sobre o caso.
A família da criança diz que esta não é a primeira morte do tipo. Em julho de 2021, a cunhada da mãe do bebê, perdeu a criança, também por - suposta demasiada espera por parto normal.
''... minha filha internou com dor. Tentaram de qualquer forma induzir ao parto normal, mas a criança era grande, gordinha e aconteceu a mesma coisa”, relata Maria Aparecida Costa Machado, mãe de Janaina e sogra de Ivanir.
Resposta
O site local procurou a assessoria do HU. A resposta é que o hospital monitorou a paciente durante todo o dia, sem que houvesse indicação para cesárea de urgência "ficando a paciente monitorada integralmente até o momento do nascimento da criança que, infortunadamente, foi a óbito".
O caso foi registrado como ''morte a esclarecer''.