Foi encerrado pela Polícia Civil da cidade de Dourados, o inquérito sobre o caso do servidor público municipal Jeferson Porto da Silva, de 33 anos. O servidor foi preso no dia 19 de outubro acusado de manter relações sexuais com vários menores de idade.
Jeferson foi indiciado pelos crimes de favorecimento a prostituição infantil, estupro de vulnerável, falsificação de documento particular, perigo de contágio de moléstia grave e pedofilia, por disponibilizar e armazenar material pornográfico de adolescentes.
Segundo a delegada que cuidou do caso, Marina Lemos, a documentação foi entregue à Justiça no domingo passado (26), porém foi aberto um inquérito suplementar para que outras pessoas possam ser ouvidas neste caso. Jeferson está preso na Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa (Phac), em Dourados desde o dia 24.
A delegada ouviu cerca de 20 adolescentes de 14 e 16 anos e uma das vítimas, contou que na época em que manteve relação sexual com o acusado, possuía 12 anos, o que teria motivado a denúncia de estupro.
Outro ponto que ampliou o indiciamento foi o fato do rapaz, sabendo ser soropositivo, manter relação sem a utilização de preservativo e também a falsificação de um exame laboratorial negando ser portador do HIV.
Ainda conforme a delegada, o HD do computador do servidor público foi trazido para Campo Grande para uma perícia técnica. Segundo a delegada o laudo será entregue em 30 dias.
Relembre o Caso
Jeferson Porto da Silva de 33 anos, trabalhava no setor de Recursos Humanos (RH) da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso acusado de aliciar menores de idade e incentivá-los à prostituição. Conforme apontado pela Polícia Civil, ele utilizava um perfil falso no facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘whats App’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jéssika Alessandra’.
Após atrair os adolescentes, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os adolescentes então eram convencidos pelo servidor municipal a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30.
Portador de HIV, Jeferson ainda falsificou um exame clínico para convencer menores que questionavam ele sobre o uso de camisinha de que não tinha o vírus.