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Interior

04/01/2022 15:22

Criança cai de árvore e morre; família e hospital travam batalha

Situação aconteceu em Dois Irmãos do Buriti e denúncias podem arrastar definição do caso; família busca respostas e hospital se blinda com boletim de ocorrência

A Polícia Civil de Dois Irmãos do Buriti acompanha de perto um caso e deve abrir em breve a investigação para apurar a causa da morte de Juan Jorge da Silva Carvalho, 9 anos, que veio a óbito após cair de um pé de manga na cidade interiorana de Mato Grosso do Sul.

Enquanto aguarda o laudo médico e o prontuário, a polícia deve ouvir familiares e responsáveis pelo atendimento médico.

O TopMídiaNews entrou em contato com a mãe da criança, Elisângela dos Santos Carvalho, que preferiu não se pronunciar, mas informou que o caso está tendo acompanhamento de um advogado e de uma associação, e há a suspeita de negligência médica.

Para entender o caso, a reportagem apurou junto ao presidente da Avems-MS (Associação de Vítimas de Erros Médicos), Valdemar Moraes de Souza, 60 anos, como tudo aconteceu e qual é o desenrolar da história.

O acidente aconteceu no dia 31 de dezembro. A mãe procurou o Hospital Municipal Cristo Rei após Juan ter caído de uma árvore e ter batido a cabeça no chão. Ela havia explicado que não demorou para levá-lo a unidade hospitalar, tanto que nem se preocupou em limpar a criança, pois ela estava suja após as brincadeiras.

Ainda segundo o apurado pela reportagem, o primeiro atendimento demorou em torno de 20 minutos. A princípio houve um ruído referente a quem daria banho na criança para ela poder ficar em observação: mãe ou enfermeira, foi nesse momento que o "embate" começou.

O banho ficou na responsabilidade da mãe, conforme explicou Valdemar. No retorno para a maca, a criança permaneceu sob observação, mas sem um atendimento médico qualificado e necessário para a ocasião. Elisângela afirmou que a criança havia batido a cabeça, mas a criança não passou por um raio-x.

Segundo relato passado para o presidente da Avems-MS, o hospital não fez exames médicos.

Volta para casa e morte

Dessa forma, a criança pediu para ir embora e a família procurou a enfermeira para saber o que era melhor a ser feito. Segundo a versão dos familiares, a servidora não se preocupou em relatar os procedimentos ou dar um termo de responsabilidade sobre a eventual saída da criança da unidade hospitalar.

"Nenhum momento, a família fala que foi forçada a sair", limitou-se a dizer Valdemar Moraes.

Naquela oportunidade, Elisângela e parentes trouxeram Juan para casa novamente e, mesmo com a queda, a criança permaneceu brincando no mesmo dia.

Contudo, a dor de cabeça da família viria no dia 1° de janeiro quando Juan Jorge começou a passar mal. A família novamente acionou socorro, mas quando a vítima deu entrada no mesmo hospital, já estava sem os sinais vitais.

Para Valdemar, houve um erro por parte do hospital em ter deixado a criança ir embora. Na visão do presidente da associação, Juan deveria ter pelo menos ficado em observação por cerca de 48 horas.

"Não deram remédio para dor, não fizeram raio-x, houve uma negligência desse hospital", afirmou.

O que diz o hospital?

Segundo a diretora do Hospital Municipal Cristo Rei, a mãe da criança procurou a unidade no dia 31 de dezembro informando que seu filho, de 9 anos, caiu de um pé de manga.

Naquela ocasião, um médico alertou que a criança precisaria ficar em observação e possivelmente seria encaminhado de vaga para melhor avaliação médica, segundo o boletim de ocorrência.

Porém, a mãe teria recusado esperar e deixou o hospital com seu filho antes mesmo que os enfermeiros e médicos pudessem medicá-lo. Contudo, na manhã do dia 1° de janeiro, Elisângela teria retornado para a unidade hospitalar com a criança, mas ela deu entrada já sem vida.

Um dos médicos que estaria de plantão tentou fazer manobra de reanimação, porém sem sucesso.

O caso segue sob investigação e na delegacia, o boletim feito pelo hospital foi tratado como omissão de socorro e morte a esclarecer.

Batalha travada

A família espera a entrega do prontuário que deve ser realizada pelo hospital.

Valdemar explica que o caso passará por uma investigação mais profunda. O laudo médico, que deve revelar as causas da morte, tende a ficar pronto entre 10 a 15 dias, o que facilitará o processo para a Polícia Civil.

No entanto, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) serão acionados para também acompanhar a morte de Juan, como foi informado pelo presidente da Avems-MS.

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