Os trabalhadores da educação municipal de Dourados paralisarão as atividades ao longo de toda esta quinta-feira (10), reivindicando equiparação salarial com o piso da categoria estabelecido nacionalmente.
Além disso, há um indicativo de greve geral que começará na segunda-feira (14), por tempo indeterminado.
De acordo com a assessoria do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados - Simted, o prefeito Alan Guedes (PP) não tem avançado nas negociações para o reajuste salarial pedido pela categoria.
Conforme o sindicato, os professores em magistério possuem uma defasagem de 60% nos salários desde 2017. Dados apontam que o último reajuste aconteceu em 2019.
Atualmente, um professor do magistério com carga horária de 20 horas, recebe exatos R$ 1.617.13, abaixo do previsto pelo piso nacional, estabelecido em R$ 1.922,81.
Esse é um cargo que está em extinção, pois não há mais concursos previstos, uma vez que são professores com nível médio.
Já a categoria para nível superior, com a mesma carga horária, recebe o salário de R$ 2.488,82. Se comparado com os professores do estado, que recebem R$ 4.190,82, a diferença é bastante expressiva.
"Hoje a Prefeitura de Dourados paga abaixo do Piso Nacional para 20 horas. O SIMTED cobra a continuidade da implementação desses percentuais para a retomada do Piso para 20 horas do magistério municipal. Dourados está ficando muito para trás em relação ao Estado e outros municípios na questão da a valorização profissional dos educadores", afirmou.
Há, também, a discussão com os profissionais administrativos educacionais que rejeitaram a proposta linear de reajuste salarial em 5%, cobrando que haja, pelo menos, a reposição da inflação de 2021, avaliada em 10,06%.
O Sindicato apresentou uma proposta para implementação dos índices, mas teve a reunião desmarcada pela prefeitura, não devolvendo um parecer sobre a situação.
Há previsão de uma reunião de negociação através da secretaria de governo para a próxima terça-feira (15).