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Interior

Varanda de casa desaba após forte chuva e Defesa Civil interdita área

Apesar do susto, não houve feridos, já que o proprietário da residência estava trabalhando no momento do desabamento

21 fevereiro 2019 - 10h16Por Da redação / Diário Corumbaense

A varanda de uma casa localizada na Alameda Vulcano, bairro Borrowisk, acabou atingida por um deslizamento de terra durante a forte chuva na tarde desta quarta-feira (20), em Corumbá. Apesar do susto, não houve feridos, já que o proprietário da residência, Divino Soares Vieira, estava trabalhando em um frigorífico, distante da área urbana da cidade.

De acordo com um dos filhos dele, Dimas Castello Vieira, de 23 anos, o deslizamento aconteceu por volta das 14h30. “Por sorte não tivemos feridos. Na varanda ficavam alguns pertences dele. Pelo que pude observar, um sofá e um objeto utilizado como cômoda pelo meu pai, foram atingidos. Cheguei aqui já tinha acontecido e os Bombeiros tinham chegado”, contou Dimas.

Já Magno Castello Vieira, de 33 anos, outro filho do dono da casa, contou que essa não foi a primeira vez que houve deslizamento de terra, atingindo a casa. “Na última vez ficou com mais de um metro e meio de terra amontoada, quebrando janelas, portas e danificando alguns pertences. Ninguém tinha dado assistência na época. Agora além da terra, desceram pedras, o que acabou gerando esse incidente”, disse.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e da Prefeitura estiveram no local. O diretor-executivo da Defesa Civil de Corumbá, Isaque do Nascimento, explicou a situação. “Aqui é uma construção empírica, sem acompanhamento técnico, a precipitação de hoje foi de certa forma intensa e coincide desta área atingida estar na rota da água, já que a rua Oriental deságua justamente em cima dessa moradia, encontrando uma construção de forma empírica, que foi fragilizando e ela ruiu. Por sorte não havia ninguém em casa e só tivemos danos materiais”.

Isaque ainda revelou que, após trabalhadores da Secretaria de Infraestrutura realizarem a desobstrução da via, será enfatizado ao responsável pelo imóvel, mais uma vez, que a área é inadequada para moradia, uma vez que consta que o proprietário já foi beneficiado em programa de habitação.

“Conforme nosso mapeamento, essa localidade tinha 79 famílias. Por conta dos programas de habitação, conseguimos retirar parte dessas pessoas que ganharam suas residências. O morador já havia sido beneficiado, mas continuou na residência, mesmo sabendo do alto risco emitido pela Defesa Civil”, contou o diretor da Defesa Civil, ao adiantar que o caso agora será apurado.

“Vamos fazer trabalho de conscientização para ver se a partir desse episódio, as pessoas possam se mudar. A princípio a área ficará isolada até segunda ordem. Como essa região está na rota da água, e essas pessoas não eram para estar aí, isso vai forçar a gente a fazer uma fundamentação técnica, com profissionais especializados na área de engenharia, para emitir um laudo mais conclusivo para decidir a permanência ou não dessa edificação”, completou Isaque do Nascimento.

Alagamento também é frequente

A moradora Laycillia Rodrigues Samaniego, que mora a poucos metros do lugar onde foi registrado o deslizamento, com o marido e o filho de colo, afirmou que além dessa situação, outra preocupação é a inundação do local mais abaixo, ao lado de uma quadra esportiva.

“Pode cair qualquer gota de chuva que aqui já alaga. Na frente da minha casa, havia uma canaleta que servia para a passagem da água, mas como fica em um terreno particular, o proprietário fechou e então toda vez que chove a frente da minha residência se torna um rio. Temos que abrir caminho no meio das pedras para que a água passe”, contou a moradora.