Interior

15/12/2018 18:05

Secretária diz ser vítima de ataques após falhas em diagnóstico de câncer em criança de 3 anos

Titular da secretaria de saúde de Bandeirantes nega ter havido negligência no atendimento ao menino

15/12/2018 às 18:05 | Atualizado 17/12/2018 às 07:21 Amanda Amaral
Arquivo familiar

A secretária municipal de saúde de Bandeirantes Rosa Maria Bortolini divulgou nota oficial em que defende a atuação dos profissionais que atenderam Miguel Otavio Vilela Santos, 3 anos, vítima de câncer. Ela afirma que, após a situação vir a público, tem sofrido ataques e acusações.

A família da criança diz que houve negligência no atendimento, o que refletiu em diagnóstico tardio do tumor de 14 centímetros em seu rim, com sintomas antes apontados como simples ‘gripe, tosse, verme ou gases’. A real condição de saúde só foi descoberta em hospital de Dourados.

A titular da pasta se solidariza com a situação da família, afirma que o atendimento no município não foi negado e justifica-se. “[...] O diagnóstico preciso só aconteceu posteriormente em razão da evolução do quadro, que por muitas vezes se manifestou com sintomas descritos. É certo que o corpo clínico teria encaminhado a criança para atendimento especializado, visto que no município a atenção à saúde se dá no âmbito de baixa complexidade, não que isso tire a responsabilidade de encaminhar aos centros especializados, o que tem sido prática do hospital e desta secretaria, que não só consegue a vaga mas oferece transporte e medicamentos”, diz a nota.

Ainda, nega que a família tenha entrado em contato com ela e demais servidores da saúde. “Diante das duras palavras e ataques que [a secretária] vem sofrendo, esclarece à população sobre os acontecimentos e se coloca à disposição da família para as demandas que surgirem durante o tratamento e preconizadas no Sistema Único de Saúde”, finaliza o comunicado.

O caso

Conforme matéria publicada anteriormente pelo TopMídiaNews, familiares de Miguel acusam o serviço de saúde de Bandeirantes de descaso. Orlando Junior Ojeda, irmão de Miguelzinho, postou nas redes sociais que, quando o menino era levado ao Hospital de Bandeirantes com dores, eram dados vários diagnósticos como gripe, tosse, verme, gases e pneumonia. O pai do menino, Orlando Rodrigues, alega que insistia por exames mais detalhados, o que seria ignorado pelos médicos.

Miguelzinho está internado no Hospital Regional em Campo Grande. Em razão do tratamento, ele precisa de sangue A+, O+, AB ou B+.

Campanha

Amigos e familiares do garotinho vão realizar um almoço beneficente para arrecadar fundos e ajudar no tratamento médico. Os telefones para contato e doações são:
(67) 99625-7023 ou 99616-6787.