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15/07/2019 08:00

Estudos comprovam que respeitar nome social reduz riscos de suicídio e depressão

Estudo também reforça a necessidade de, cada vez mais, se falar sobre saúde mental dentro da comunidade LGBTQIA+

15/07/2019 às 08:00 | Atualizado 15/07/2019 às 07:50 Da redação/Pheeno
Reprodução/Pheeno

Estudos feitos por instituições norte americanas indicam que tratar pelo nome social, pessoas que não se identificam com o gênero designado no nascimento, diminui bastante a possibilidade de suicídio e também os sintomas de depressão. A maneira como uma pessoa é chamada reflete diretamente seu gênero, sendo assim, quando uma pessoa que não se identifica com seu gênero biológico é chamada pelo seu nome social, ela se sente, a cima de tudo, respeitada.

Psicólogos afirmam que quando uma pessoa não é chamada da forma como gostaria, ela fica mais suscetível a depressão e outras formas de sofrimento mental. Os responsáveis pela pesquisa entrevistaram 129 jovens transgêneros, transexuais e com identidades diferentes de cis, como agênero e gênero fluido.

A principal questão do estudo era relativa a quais ocasiões eles são tratados pelo nome social, como por exemplo pela própria família, na escola, trabalho e pelos amigos. Quem pode usar o nome escolhido em mais ambientes apresenta até 71% menos sintomas de depressão, pensa 34% menos em suicídio e tem o risco de tirar a própria vida reduzido em 65%, em comparação aos entrevistados que são constantemente chamados de outras formas.

O estudo também reforça a necessidade de, cada vez mais, se falar sobre saúde mental dentro da comunidade LGBTQIA+, mas principalmente na comunidade trans. Segundo o National Center for Transgender Equality, 40% das pessoas trans já tentaram acabar com a própria vida e uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, aponta para o fato de essa comunidade pensar em suicídio 14 vezes mais em comparação à população geral.

“Ter o nome social respeitado é de suma importância para a nossa vida em sociedade, porque quando temos a nossa alcunha de registro exposta é muito desconfortável e humilhante”, afirma a atriz Ariel Pimenta, trans, que ainda não tem o nome social respeitado em todos os ambientes.